Após uma intensa disputa e muita polêmica sobre governança corporativa, os acionistas da empresa de software Linx aprovaram hoje a proposta de venda para a Stone.
A oferta foi aprovada por 97 milhões de votos, o equivalente a 55% do capital total da Linx (excluindo ações em tesouraria), conforme o Seu Dinheiro apurou.
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Horas antes da assembleia, a Stone decidiu aumentar a proposta pela companhia para R$ 38,06 por ação, o equivalente a quase R$ 6,7 bilhões. No pregão de hoje, os papéis da Linx (LINX3) fecharam em alta de 2,94%, a R$ 36,02.
A Totvs também fez uma proposta para incorporar a Linx, mas a oferta não foi levada à assembleia da acionistas realizada hoje.
A Stone também foi beneficiada pela decisão do colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de liberar os fundadores da Linx – Alberto Menache, Nércio Fernandes e Alon Dayan – para votar na assembleia de acionistas marcada para hoje.
A decisão reverteu o entendimento da área técnica da autarquia, que recomendou que os fundadores da Linx, que possuem quase 15% do capital da empresa, fossem impedidos de votar.
Toda a polêmica surgiu porque a proposta da Stone envolve um pagamento diferenciado ao trio de fundadores — que possuem em conjunto 14,41% do capital da Linx — a título de contratos de "não-competição".