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IRB Brasil, EcoRodovias e Equatorial fecham temporada de resultados; veja o que esperar

Rodovia dos Imigrantes, sob concessão da EcoRodovias

Rodovia dos Imigrantes, uma das concessões da EcoRodovias

No último dia do prazo estendido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), três empresas com ações no Ibovespa programaram a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2020: o grupo ressegurador IRB Brasil, a empresa de concessões EcoRodovias e a Equatorial Energia.

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O prazo regulatório para a apresentação dos números de janeiro a março deveria terminar no dia 15 de maio. Mas a CVM decidiu dar mais tempo para as empresas prepararem as demonstrações financeiras diante dos impactos do coronavírus.

Das três companhias, o IRB é o que deve ganhar a maior parte dos holofotes. A companhia que se meteu em uma série de polêmicas – que inclui questionamentos sobre os balanços e até fake news – divulga os resultados nesta segunda-feira, após o fechamento dos mercados.

As ações do IRB acumulam uma queda de quase 70% no ano. Tudo começou em fevereiro, quando a gestora carioca Squadra acusou a companhia de turbinar os resultados. O IRB negou a informação e publicou o balanço do quarto trimestre com o laudo de uma segunda auditoria — o que não acalmou o mercado.

Em meio às dúvidas do mercado, as ações do IRB voltaram a subir com a informação publicada pela imprensa de que a Berkshire Hathaway, holding que concentra os investimentos do bilionário Warren Buffett, teria aumentado a participação na empresa.

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O problema é que a notícia era falsa e foi desmentida pela própria Berkshire, em um comunicado que desmoralizou o IRB internacionalmente. O episódio provocou a queda de toda a cúpula da companhia.

Adicionalmente, o conselho da empresa de resseguros determinou a instalação de um procedimento de apuração sobre os boatos, cujo resultado foi divulgado na última sexta-feira (26).

Em documento divulgado ontem, IRB informou que identificou os responsáveis pela "fake news". Eles teriam atuado de forma individual e "fora de seus mandatos e de seus poderes regulares de gestão". A empresa não revelou os nomes.

O IRB informou ainda que descobriu uma fraude de R$ 60 milhões no pagamento de supostos bônus a um ex-diretor e outros colaboradores da empresa e suas controladas, ainda conforme a empresa.

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A expectativa dos analistas é que a empresa registre lucro de R$ 205 milhões no primeiro trimestre, queda de 41,5% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Bloomberg.

Equatorial e EcoRodovias

A Equatorial Energia e o grupo de concessões na área de infraestrutura EcoRodovias também divulgam seus resultados do primeiro trimestre hoje à noite.

As ações da Ecorodovias registraram forte queda no começo da crise do coronavírus com a esperada queda no tráfego nas rodovias sob concessão da companhia, o que de fato se concretizou.

Para os analistas do UBS, a desvalorização dos papéis foi injusta porque as empresas de rodovias têm direito legal a compensação pela redução provocada por eventos como a covid-19.

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De fato, os papéis da EcoRodovias se recuperaram junto com a retomada do mercado a partir de abril, e agora acumulam queda da ordem de 20% no ano, o que seria mais próximo do valor justo, segundo o UBS, que tem recomendação neutra para as ações.

Projeção para os resultados:

A Equatorial Energia, holding que atua principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país, também foi afetada pelo coronavírus. Mas na bolsa as ações da companhia (EQTL3) estão entre as de melhor desempenho no ano, com queda de apenas 1,3% no acumulado do ano.

A expectativa dos investidores é que as perdas das empresas do setor com a queda na demanda em razão da pandemia sejam compensadas pelo pacote de socorro de R$ 16 bilhões. Além do empréstimo, o governo cogita a possibilidade de conceder revisões extraordinárias nas tarifas do setor.

Projeção para os resultados:

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