Hypera compra portfólio de remédios que inclui Neosaldina e Dramin por US$ 825 milhões
A lista também inclui produtos em áreas terapêuticas como cardiologia, diabetes, endocrinologia, gastrenterologia, sistema respiratório e clínica geral. Com a aquisição anunciada hoje, a Hypera passa a ser a maior empresa farmacêutica do Brasil
A Hypera Pharma, do empresário João Alves de Queiroz Filho, fechou um contrato com a companhia japonesa Takeda para compra de portfólio de 18 medicamentos na América Latina por US$ 825 milhões — cerca de R$ 3,6 bilhões, com base na cotação de sexta-feira (28) da moeda americana.
A lista inclui marcas como Neosaldina e Dramin, assim como o patenteado Nesina (para tratamento da diabetes tipo II). Há também produtos em áreas terapêuticas como cardiologia, diabetes, endocrinologia, gastrenterologia, sistema respiratório e clínica geral.
Segundo a companhia, o portfólio a ser adquirido registrou receita líquida de cerca de R$ 900 milhões em 2019 — o Brasil correspondeu a 83% desse valor e o México a 15%.
Nesta sexta-feira, as ações da Hypera (HYPE3) fecharam o dia cotadas a R$ 40, uma alta de 16,62%. Nos últimos 12 meses, a valorização dos papéis é da ordem de 33%. Em breve comentário, analistas do BTG Pactual consideraram o timing da aquisição "interessante", avaliando que as ações devem reagir de maneira positiva no pregão desta segunda-feira.
Lista de aquisições
No ano passado, a empresa desembolsou R$ 1,3 bilhão pelas marcas Buscopan e Buscofem, que pertenciam à alemã Boehringer Ingelheim. Com a aquisição anunciada hoje, a Hypera passa a ser a maior empresa farmacêutica do Brasil e a líder em OTC — com participação de mercado de aproximadamente 20%.
De acordo com a Hypera, a operação deve permitir que a companhia continue a expandir seu portfólio de marcas líderes com faturamento anual acima de R$ 100 milhões e a fortalecer sua posição em segmentos estratégicos do mercado.
Leia Também
O que a Raízen (RAIZ4) pretende consolidar com a reorganização societária recém-aprovada pelos acionistas
Azul (AZUL4) anuncia acordo global com credores e apresenta plano revisado de reestruturação
"Quando concluído, esse passo transformador representará a maior aquisição da história da Hypera Pharma e está em linha com o seu já reconhecido foco estratégico de expansão de market share e investimento em marcas líderes com alto potencial de crescimento", diz a companhia.
A Hypera e a Takeda também devem assinar um acordo de fabricação e fornecimento em conexão com a transação, por meio do qual a Takeda continuará a fornecer produtos à companhia.
A operação está sujeita à aprovação dos órgãos antitruste e de acionistas — cuja assembleia está prevista para até 31 de julho de 2020. A Hypera diz que já assegurou com bancos linhas de crédito de R$ 3,5 bilhões para financiar a transação.
Mudança de estratégia
Idealizada no início da década de 2000, a Hypera cresceu por meio de aquisições de empresas e marcas, mas acumulou pesadas dívidas — que a obrigaram a vender seus negócios de bens de consumo e alimentos, visando equilibrar as contas.
A companhia já foi alvo da operação Tira Teima, desdobramento da Lava Jato, em 2018. Na ocasião Hypera afastou seus principais diretores. Em fevereiro deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou João Alves de Queiroz Filho e os ex-executivos Nelson Mello, Carlos Roberto Scorsi e Sílvio Tadeu Agostinho.
O MPF apontou o dono do grupo e os ex-diretores como suspeitos de integrarem esquema envolvendo parlamentares para favorecer os interesses do grupo farmacêutico.
Lemann, cerveja e futebol: Dona da Ambev desbanca a Heineken e fatura a Champions League
AB InBev vai substituir a Heineken como patrocinadora do principal campeonato de futebol da Europa por € 200 milhões por ano
“Se o investidor acredita no minério acima de US$ 100, melhor se posicionar nas ações”. Por que o CEO e o CFO da Vale (VALE3) veem oportunidade agora?
A declaração tem respaldo no desempenho operacional da Vale — mas não só nele; descubra o que está por trás o otimismo dos executivos com a ação da mineradora neste momento
A lição deixada pelo ataque cibernético que parou a linha de montagem da Jaguar Land Rover
Maior fabricante automotiva do Reino Unido não produziu nenhum veículo em setembro devido a ataque cibernético
“É provável que tenhamos dividendos extraordinários em breve”, diz executivo da Vale — eis o que precisa acontecer para isso
Após desempenho operacional e financeiro considerados robustos no terceiro trimestre, o CFO Marcelo Bacci e o CEO Gustavo Pimenta dizem se a compra bilionária de debêntures e se a tributação de dividendos podem afetar a distribuição dos proventos da mineradora daqui para frente
Cade dá o sinal verde para que BTG e Perfin injetem R$ 10 bilhões na Cosan (CSNA3) por meio da subscrição de ações
Com aval do Cade, Cosan se aproxima do aporte bilionário de BTG e Perfin e busca aliviar a pressão financeira
Raízen (RAIZ4) na corda bamba: Moody’s coloca nota de crédito sob revisão; veja motivos
A agência afirma que a análise da revisão da Raízen se concentrará em iniciativas que possam potencialmente contribuir para uma melhoria na estrutura de capital da empresa
Ata da Ambipar (AMBP3) contradiz versão oficial e expõe aval do conselho a operações com Deutsche Bank antes da crise
Documento não divulgado à CVM mostra que o conselho da Ambipar aprovou os contratos de swap com o Deutsche Bank; entenda
Gerdau (GGBR4) vai pagar mais de meio bilhão de reais em dividendos mesmo com queda de 24% do lucro
Metalúrgica Gerdau também anunciou a distribuição de proventos aos acionistas, equivalentes a R$ 0,19 por ação, totalizando R$ 188,8 milhões; confira os prazos
Netflix mais barata na bolsa: gigante do streaming desdobrará ações proporção de 10 para 1 em operação questionada por Warren Buffett
O megainvestidor é famoso por se recusar a desdobrar as ações da Berkshire Hathaway e criou uma classe de ações “B” com preços mais modestos
Rebatizado: Banco Central autoriza BlueBank a readotar o nome Letsbank após mudança feita em março, quando passou à gestão de Maurício Quadrado
A autorização vem na esteira da decisão do BC que rejeitou a transferência de controle do BlueBank para Quadrado e vetou a venda do grupo Master ao BRB
Vale (VALE3) bate projeção com lucro de US$ 2,7 bilhões no terceiro trimestre; confira os números da mineradora
A estimativa da Bloomberg indicava para queda do lucro líquido entre julho e setembro e um crescimento mais tímido da receita no período; ADRs sobem no after hours em Nova York
Apple sobe 4% após balanço, mas é a Amazon que dispara 14%; confira o que agradou o mercado lá fora
Ainda assim, o desempenho das ações da gigante do varejo eletrônico está bem abaixo da Microsoft e do Alphabet, com alta de apenas 2,4% no acumulado do ano, contra 24% da Microsoft e 49% da dona do Google
Derrota para os credores da Ambipar (AMBP3): recuperação judicial tramitará no Rio de Janeiro; ações disparam 18%
O deferimento marca o início do período de 180 dias de suspensão de execuções e cobranças
Ambev (ABEV3) diz que consumo de cerveja em bares e restaurantes caiu com inverno rigoroso e orçamento apertado
A fabricante de cervejas está otimista com a Copa do Mundo e mais feriados em 2026; analistas enxergam sinais mistos no balanço
Esta construtora já foi a mais valiosa do mercado, mas hoje tem a ação valendo 1 centavo: a história bizantina da PDG (PDGR3)
Antes apontada como uma “queridinha” dos investidores na bolsa, a PDG Realty (PDGR3) atravessa um conturbado processo de recuperação judicial
“ROE a gente não promete, a gente entrega”, diz CEO do Bradesco (BBDC4). Marcelo Noronha prevê virada da rentabilidade “batendo à porta”
Ainda que a rentabilidade esteja no centro da estratégia traçada por Marcelo Noronha, o CEO não quer cortar investimentos — e revelou de onde virá o ganho de ROE no futuro
A Vale (VALE3) voltou às graças do BTG: por que o banco retomou a recomendação de compra?
De acordo com o banco, a empresa vem demonstrando melhoras operacionais. Além disso, o cenário para o minério de ferro mudou
STJ volta atrás e suspende liberação das atividades da Refit, alvo da Operação Carbono Oculto; Haddad comenta decisão
A PF investiga a Refit por indícios de que o combustível da refinaria abastece redes de postos de gasolina controlados pelo PCC
A Vale (VALE3) está fazendo a lição de casa, mas o resultado do 3T25 será suficiente? Saiba o que esperar do balanço
O relatório operacional divulgado na semana passada mostrou um aumento na produção de minério, mas uma baixa em pelotas; confira como esse desempenho pode se refletir nos números da companhia entre julho e setembro
Sem ‘mãozinha’ da Argentina, Mercado Livre (MELI34) tem lucro abaixo do esperado no 3T25, mas frete grátis faz efeito no Brasil
O Mercado Livre (MELI34) registrou lucro líquido de US$ 421 milhões no 3T25, avanço de 6% em relação ao ano anterior, mas abaixo das expectativas do mercado, que projetava US$ 488,65 milhões.
