O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) ganhou tração em setembro, ao subir 4,34%, de 2,74% em agosto, segundo informou nesta terça-feira (29) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
É a maior alta mensal do indicador desde novembro de 2002, quando o IGP-M avançou 5,19%. Nos 12 meses encerrados em setembro, o IGP-M acumula alta de 17,94%, a maior taxa desde setembro de 2003 (21,42%).
Segundo o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, os três subíndices que compõem o IGP-M registraram aceleração.
"O índice de preços ao produtor segue influenciado pela alta de grandes commodities, como a soja em grão que subiu 14,32% em setembro. No IPC, o destaque coube ao subgrupo recreação cuja a variação foi de 4,77%, sob influência de passagens aéreas que avançaram 23,74% nesta apuração. Por fim, no INCC destacam-se materiais e equipamentos, cujos os preços avançaram em média 2,97% no mês e 9,67% em 12 meses”, diz ele, em nota.
Subíndices
Nas aberturas, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) acelerou de 3,74% em agosto para 5,92% em setembro, na sua maior alta mensal desde novembro de 2002 (6,73%). No ano, o IPA-M acumula alta de 20,14% e, em 12 meses, soma taxa de 25,26%, a maior desde agosto de 2003 (27,10%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) também ganhou tração ao subir 0,64%, de 0,48% em agosto. O índice acumula alta de 2,03% em 2020 e de 3,04% nos 12 meses até setembro.
O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M), único componente do IGP-M que já havia sido divulgado pela FGV, acelerou de 0,82% para 1,15%. O indicador acumula alta de 4,57% em 2020 e de 5,01% em 12 meses.
*Com informações de Estadão Conteúdo