BTG Pactual projeta queda de 7% do PIB em 2020 e vê dólar a R$ 5,50
Banco também prevê um corte de 0,75 ponto da Selic em junho, no que seria o movimento final de flexibilização pelo Banco Central
O BTG Pactual revisou a sua projeção de PIB para 2020 e agora espera uma queda de 7% na atividade econômica, frente à expectativa anterior, de retração de 4%, segundo relatório. A expectativa para crescimento da economia no ano que vem passou de 3% para 3,5% pelo efeito de "carry over" ou herança estatística.
Os dados econômicos de abril demonstraram, segundo o BTG, que o impacto das medidas de isolamento social são maiores do que o previsto inicialmente.
Além disso, há incertezas sobre a duração das restrições de circulação, já que a epidemia continua a avançar em número de contágios e não há sinais de retomada da economia.
Para o primeiro trimestre, o banco reduziu sua expectativa de retração do PIB de -2,5% para -1,3%, já que o isolamento social acentuou um quadro de desaceleração, segundo o BTG.
Mas o tombo projetado para o trimestre seguinte foi acentuado, de -6,8% para -14,6%, com a perspectiva de que setores não-essenciais e de lazer não serão reabertos, reduzindo ainda mais o nível da atividade econômica.
O PIB deve começar a se recuperar a partir do terceiro trimestre, mas a taxa de desemprego deve terminar o ano em 16%, de acordo com as previsões do banco.
Dólar e juros
O BTG espera agora que o dólar termine o ano R$ 5,50, acima da expectativa anterior, de R$ 4,80. A revisão se deve ao cenário adverso para a economia, a deterioração fiscal e um patamar menor do juro básico.
As contas públicas agora deverão encerrar 2020 com déficit de R$ 940 bilhões, levando a dívida pública para 95% do PIB, disse a instituição.
A aposta do BTG é também de uma moderação adicional — e derradeira — da taxa Selic por parte do Banco Central na reunião Comitê de Política Monetária (Copom) em junho.
A dose do corte deverá ser de 0,75 ponto, aponta o relatório. Para o banco, o BC está atento às chances de uma contração maior que a esperada se materializar, mas está limitado pelo risco fiscal, que impõe uma cautela na margem. Neste último caso, o comitê reduziria a taxa básica de juros em 0,5 ponto.
Inflação
Segundo o banco, ainda assim o cenário inflacionário é benigno, especialmente para 2020. A inflação para este ano foi revista nas projeções do BTG, passando de 2,3% para 1,8%, com efeitos da desaceleração econômica e da queda do preço do petróleo no mercado internacional compensando a alta do dólar.
A perspectiva para 2021 também é positiva, tendo a projeção para o ano sido reduzida de 3,4% para 3,2%, mas há riscos em ambas as direções.
Para cima, a recuperação dos preços de combustíveis deve acompanhar a do petróleo, além de maiores preços de eletricidade como consequência de margens maiores após o pacote de salvamento do setor e o provável diferencial de tarifa elétrica pela bandeira indicada.
Para baixo, há os riscos de uma pequena demanda, o que poderia manter uma baixa inflação de serviços para o horizonte previsível.
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