Há 30 mil anos os seres mais primitivos da nossa espécie passaram pela Revolução Cognitiva, que causou uma clara diferenciação entre eles e os demais animais.
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Foi a capacidade de comunicação, ainda que rudimentar, que permitiu que os nossos ancestrais se entendessem e se organizassem em grupos maiores.
Segundo Yuval Harari, autor de “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade”, a Revolução Cognitiva foi o ponto em que a história declarou independência da biologia.
A partir daquele momento as narrativas históricas substituem as narrativas biológicas como principal explicação para a evolução e o desenvolvimento da nossa espécie.
As organizações dos Homo sapiens passaram a ser mais importantes para entender o progresso de determinadas nações do que a agilidade com as pernas, a força física ou o tamanho das mãos.
Consequentemente, explicar conflitos como a Primeira e a Segunda Guerra Mundial passa muito mais pelas instituições do que pelo porte físico ou o tamanho do crânio dos envolvidos.
Pode não parecer claro, mas as narrativas dominam sua vida e quase tudo aquilo em que você acredita não passa de uma realidade intersubjetiva compartilhada por seus iguais.
Acredita em Deus e segue uma religião? Acredita no empreendedorismo como forma de ascensão social? Acredita em meritocracia?
Tudo não passa de uma realidade inventada por alguém e compartilhada por outros milhares.
Mas não se desespere, porque foram essas crenças que nos fizeram uma sociedade organizada e em diversos momentos foram cruciais para a nossa evolução na história.
Atualmente, a narrativa a que mais tenho me apegado é a do bitcoin (BTC) como um ativo que protege contra a inflação, em face da impressão de dinheiro sem precedentes pelos bancos centrais.
A capacidade técnica que Satoshi Nakamoto teve de criar um ativo digital que não pode ser replicado e tem emissão finita e conhecida é um fato.
Por outro lado, a narrativa que acompanha o fato é a de que o BTC seria uma forma de dinheiro digital.
Mas a história evoluiu e atualmente a percepção dos usuários é de que o bitcoin é mais do que isso: ele tem muito mais poder como um ativo escasso que pode ser comparado ao ouro.
Aos poucos essa realidade intersubjetiva vai ganhando novos adeptos ilustres, como Paul Tudor Jones, gestor bilionário americano, e Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, empresa listada na Nasdaq.
Consequentemente, ela vai atingindo mais pessoas e ganhando tração como nova realidade compartilhada.
E nesse caminho, aqueles que começaram mais cedo serão os mais beneficiados. Você está preparado para a mudança que te aguarda? Melhor, você está posicionado para essa mudança de realidade, ainda que intersubjetiva?