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Visão de que o ‘pior já passou’ injeta bom humor nos mercados em meio a incertezas com segunda onda de contágio

Mercados juros bolsa coronavírus

A visão otimista da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, de que o pior da crise já ficou para trás no continente se sobrepõe às preocupações com uma segunda onda de coronavírus. Enquanto as bolsas europeias operam no positivo, os índices futuros em Nova York operam de forma mista.

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No Brasil, os investidores devem repercutir a redução da meta de inflação em 2023, para 3,25%, anunciado na noite de ontem.

O pior já passou

Os temores com uma nova onda de coronavírus após uma escalada de número de casos nos Estados Unidos segue no radar dos investidores, mas a leitura de que a demanda segue aumentando com a reabertura das atividades em vários países se sobropõe à cautela.

Agora pela manhã, a presidente do Banco Central, Christine Lagarde, afirmou que provavelmente a pior parte da crise do coronavírus já foi superada. Lagarde ainda pontuou que a crise financeira atual é mais grave do que o visto em 2008 e que ainda se deve ter cautela com uma segunda onda de infecções. Os investidores mantém no radar a possibilidade de novas atuações dos bancos centrais e governo.

No Japão, o presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, prometeu manter o balanço amplo mesmo após o fim da pandemia, para buscar a meta de inflação de 2% ao ano.

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Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, seguindo os ganhos observados em Nova York durante a tarde de quinta-feira (25). As bolsas chinesas ficaram fechadas por conta de um feriado local.

Na Europa, os investidores focam no otimismo gerado pela fala de Lagarde, de que o pior já passou, e as principais praças operam no positivo.

Ontem, o Federal Reserve decidiu impor regras mais duras de restrição ao setor bancário, após um teste deestresse feito com as instituições americanas indicar que várias instituições podem estar próximas dos níveis mínimos de capital por conta da pandemia.

Os índices futuros em Nova York hoje refletem o alerta do Fed e operam de forma mista nesta manhã, com o Dow Jones em queda, enquanto o S&P 500 e Nasdaq operam no positivo, mas próximo da estabilidade.

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Na carona

Ontem, o Ibovespa também decidiu ignorar os fatores de risco no radar e seguiu o ânimo visto nas bolsas americanas, que subiu na expectativa de novos pacotes de estímulos vindos do Federal Reserve e da Casa Branca. O principal índice da bolsa brasileira subiu 1,70%, aos 95.983,09 pontos. O dólar fechou praticamente estável, com uma ligeira alta de 0,19%, a R$ 5,3334.

Hoje, os investidores devem repercutir a redução da meta de inflação em 2023 para 3,25%.

Não é bem assim

O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera uma queda de 9% do PIB brasileiro, mas, segundo o ministro da Economia Paulo Guedes, a previsão está errada.

Em live com o presidente Jair Bolsonaro, Guedes afirmou que os dados de junho mostram uma recuperação da economia. Para a retomada, a prioridade do governo deve ser a geração de emprego e manutenção da renda.

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Entre as medidas que o governo deve priorizar está o encaminhamento da Reforma Tributária, redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e maior acessibilidade à cesta básica.

Durante a live, Bolsonaro também falou sobre o auxílio emergencial. Segundo o presidente, três novas parcelas estão programadas, nos valores de R$ 500, R$ 400 e R$ 300.

Agenda

A sexta-feira chega com uma agenda fraca de divulgações.
No Brasil, temos a divulgação da nota de crédito do Banco Central (9h30) e sondagem do comércio (8h).

O BC realiza ainda dois leilões: um de linha, de até US$ 1,5 bilhão e o outro de 12 mil contratos de swap, para rolagem - de US$ 50 milhões.

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Nos Estados Unidos, o destaque são os dados da inflação ao consumidor medida pelo PCE (9h30) e o sentimento do consumidor (11h).

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