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Possível adiamento do pacote ‘big bang’ e trégua entre Estados Unidos e China dividem atenção do mercado

Auxílio Brasil

O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O aguardado pacote de medidas econômicas e sociais prometido pelo governo pode ficar para depois. Segundo informações do jornal O Globo, o 'big bang', composto por diversos projetos, não está concluído e existe um impasse entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia Paulo Guedes sobre pontos do projeto.

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Em meio à grande preocupação com a situação das contas públicas, os investidores ficam atentos ao desenrolar das negociações. A expectativa é que Guedes atenda as demandas do Planalto sem agravar a situação fiscal do país e que as medidas sejam anunciadas ainda nesta semana.

A cautela local deve se chocar com o bom humor visto nos mercados externos. Sinais de que Estados Unidos e China estão dispostos a cumprir o acordo comercial firmado em janeiro anima os investidores e impulsionam as bolsas europeias e os índices futuros em Nova York nesta manhã.

Ficou para depois

O dia começa com uma boa dose de frustração para os investidores locais. O ministro Paulo Guedes havia prometido para esta terça-feira o 'Big Bang' - pacote de medidas econômicas e sociais que deve trazer detalhes sobre o aguardado Renda Brasil, programa que deve substituir o auxílio-emergencial e o bolsa-família - mas, segundo informações do jornal O Globo, o pacote não está concluído e as medidas devem ser divulgadas separadamente. No momento, o programa está orçado em R$ 52 bilhões.

Segundo o Estadão, o motivo para o atraso da divulgação é um impasse sobre o valor do benefício do Renda Brasil. De acordo com a publicação, o presidente Jair Bolsonaro não aceitaria um valor menor do que R$ 300.

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Com o mercado preocupado com a situação das contas públicas, os agentes financeiros estão atentos aos desdobramentos do programa. A expectativa é que o ministro Paulo Guedes consiga atender as demandas sociais sem a necessidade de furar o teto de gastos e comprometer ainda mais a situação fiscal brasileira.

Um dos itens do pacote deve ser oficializado hoje: a reformulação do programa Minha Casa, Minha Vida.

Corrida pela vacina

Ontem, a grande pauta do dia nos mercados foi a notícia que o presidente americano Donald Trump tem planos para acelerar a aprovação da vacina produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.

No Brasil, a alta foi limitada pela expectativa pelo pacote 'Big Bang'e a repercussão do adiamento da divulgação da proposta. O Ibovespa fechou o dia com alta de 0,77%, aos 102.297,95 pontos. O dólar encerrou a sessão com queda de 0,26%, a R$ 5,5918.

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Animação continua

A alta patrocinada pelo plano de Trump de adiantar a regulação da vacina tem tendência a continuar nesta terça-feira. Dessa vez, o otimismo dos investidores está concentrado no cenário comercial.

Em reunião virtual na noite de ontem, o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lightizer, e o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, se reuniram com o vice-premiê da China, Liu Hu. O encontro foi marcado pela discussão do acordo comercial de fase 1 firmado em janeiro.

Segundo o governo americano, houve avanços na discussão e os países estão comprometidos na garantia do sucesso do pacto.

A notícia impulsionou as bolsas asiáticas, que fecharam majoritariamente em alta, com exceção do Xangai Composto na China e dos negócios em Hong Kong.

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A 'trégua' no cenário comercial também reflete de forma positiva na Europa. Além disso, dados da economia alemã divulgados durante a madrugada também animaram os negócios no continente.

A segunda estimativa do PIB da Alemanha indicou uma queda menor do que a medida anteriormente, pasasndo de 10,1% a 9,7%. O aumento do índice de sentimento Ifo das empresas alemãs superou expectativas e alimenta a leitura de que o país está seguindo o caminho correto para a recuperação econômica.

Agenda

A divulgação do IPCA-15 (9h) é um dos destaques do dia, junto com as contas externas (9h30).

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