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Sem meta para o PIB e com ameaças renovadas à Hong Kong, China comanda a cautela nos mercados

China EUA

A sexta-feira chega junto com mais um capítulo na novela diplomática que se desenrola entre os Estados Unidos e China. O gigante asiático ameçou impor novas leis de segurança nacional a Hong Kong - um dos maiores centros financeiros do mundo, desagradando os Estados Unidos e o presidente Donald Trump. A tensão entre os países deixa os mercados globais em estado de alerta, com a cautela predominando nas principais bolsas.

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Por aqui, os investidores ainda surfam nos resultados da reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e governadores, se apoiando no clima de reconciliação e no aguardo do veto presidencial ao reajuste dos funcionários públicos, previsto na PEC de auxílio aos Estados e municípios. Mas, o sentimento para não durar muito tempo. O ministro Celso de Mello deve definir hoje o destino do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril. Resta saber se o material considerado 'bombástico' será divulgado na íntegra ou apenas parcialmente.

A novela continua

Mais um capítulo na renovada tensão entre Estados Unidos e China. Dessa vez, a troca de farpas entre as duas maiores economias do mundo tem Hong
Kong como alvo das atenções.

A China pretende anunciar novas de leis de segurança nacional a Hong Kong, com o objetivo de interromper atividades consideradas subversivas pelo governo e a interferência estrangeira na ilha. Em resposta, o presidente Donald Trump disse que haverá uma 'reação muito forte' caso a China siga adiante com o plano.

A ex-colônia britânica é um território autônomo, reconhecido como um dos principais centros financeiros do mundo.

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Vale lembrar que a relação dos dois países vem se deteriorando no último mês, com as seguidas acusações por parte do governo americano de que o país asiático é responsável pela pandemia do coronavírus.

Os investidores temem que a tensão diplomática afete os termos do tratado comercial assinado pelas duas potenciais no começo do ano, por isso a cautela redobrada com a situação.

Sem meta

A China deu início à sua reunião legislativa, muito esperada pelo mercado com as metas para a sua atividade econômica para o ano.

Mas, logo na abertura do Congresso do Povo, um banho de água fria. A China decidiu não fixar uma meta para o seu Produto Interno Bruto em 2020 - é a primeira vez que isso acontece desde 1994.

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A decisão é um reflexo dos ainda incertos impactos do coronavírus na economia do gigante asiático. Somado aos elevados clima de tensão, as bolsas da Ásia fecharam em baixa - com o índice acionário de Hong Kong liderando as perdas.

A instabilidade política em Hong Kong também contamina as principais bolsas europeias, que operam em queda nesta manhã.

A cautela nos mercados também atinge os índices futuros em Nova York, que operam no campo negativo.

Queda firme

Depois de alguns dias de recuperação, o clima tenso entre Estados Unidos e China e a falta de uma meta econômica no país asiático também jogam o mercado de petróleo no campo negativo.

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Por volta das 7h20, o barril do petróleo WTI tinha queda de mais de 6%, a US$ 31,83. O Brent para o mesmo mês caía 4,77%, a US$34,34

Em clima de paz

A tão aguardada reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores, realizada nesta quinta-feira, trouxe alívio ao cenário político doméstico e descolou o Ibovespa da cautela vista no mercado global.

O encontro foi bem recebido pelos investidores locais, que comemoraram uma aparente sintonia entre o presidente e governadores, além de sinais de coesão dentro do governo.

O governo federal e os governadores se uniram em torno do apoio ao veto ao reajuste aos servidores públicos, previsto na PEC que regulamenta o auxílio emergencial a Estados e municípios.

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A reunião contou também com a presença dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, também inspirando o entendimento de que a tensão política deu espaço para discursos mais conciliadores.

Com o clima de reconciliação no ar e a a indicação de que o veto realmente virá, preservando as contas do governo e seguindo a orientação de Paulo Guedes, o Ibovespa fechou o dia em alta de 2,10%, aos 83.027,09 pontos. O dólar teve um dia de forte alívio - aliando o bom humor local com a repercussão da fala do presidente do BC, Roberto Campos Neto -, e caiu 1,88%, a R$ 5,5818.

Com a demora do presidente em sancionar a PEC, os Estados tiveram tempo para anunciar reajustes. Na Câmara, foi aprovada uma MP que reestrutura cargos e concede gratificações na chefia da Polícia Federal.

Fim da linha

O alívio na tensão no cenário político pode não durar muito.

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O ministro Celso de Mello deve divulgar hoje a sua decisão sobre o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril e deve pegar os mercados ainda abertos para repercutir o conteúdo.

A expectativa é que o vídeo seja divulgado integralmente, como pede a defesa do ex-ministro Sergio Moro ou parcialmente, como é defendido pela AGU e PGR.

Segundo o teor do conteúdo já vazado para a imprensa, o vídeo teria um potencial 'bombástico' e confirmaria as acusações de Moro sobre a tentativa de interferência política na Polícia Federal por parte do presidente Jair Bolsonaro.

Balanços

Hoje pela manhã, antes da abertura do mercado, temos a divulgação de Usiminas.

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Confira os últimos números divulgados:

Agenda

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