Se você acompanha (ainda que de longe) os movimentos do mercado financeiro, já deve ter percebido que a sensação do momento é a bolsa de valores.
E não poderia ser diferente: com ganhos de mais de 30% no ano passado, o mercado de ações vem chamando a atenção e despertando o lado mais aventureiro dos investidores.
Agora, falando em presente, a pergunta que vem marcando o início de 2020 deixa até o mais convicto player do mercado de calças curtas: após toda essa valorização em 2019, está tarde para entrar na Bolsa?
Se você já se fez essa pergunta, saiba que não está sozinho. E foi justamente por causa dessa enxurrada de dúvidas que a XP Investimentos resolveu dedicar uma análise sobre o tema e tentar solucionar o impasse.
Na visão dos analistas de lá, ainda é tempo sim de investir na Bolsa, e essa afirmação se apoia em uma série de fatores: dos juros na mínima histórica a uma agenda reformista do governo.
Confira os quatro motivos principais que fazem do mercado de ações uma boa pedida para 2020, na visão da XP.
A retomada da economia
A XP mostra que, em um cenário cuja economia brasileira vem aos poucos se reencontrando com o crescimento, “a tendência é que o ambiente de negócios seja mais favorável para as empresas reportarem melhores resultados. Assim, com as companhias aumentando seus lucros, a Bolsa é beneficiada”.
Os juros baixos
A Selic está na mínima histórica de 4,25% ao ano e isso torna a renda fixa menos atraente. Essa é uma pauta constante aqui no Seu Dinheiro e que vale a pena retomar.
Com os juros lá embaixo, a rentabilidade dos investimentos mais conservadores acaba sendo afetada, alimentando uma tendência pela busca de maiores retornos e maiores riscos.
Mas nesse sentido, a XP faz um alerta importante: o ideal é sustentar a diversificação da sua carteira mantendo parte do seu dinheiro na Renda Fixa, garantindo uma segurança na hora de se aventurar pelo mercado.
A XP também aponta que a continuidade desse cenário de juros baixos é ideal para que o lucro das empresas listadas na bolsa siga crescendo.
A agenda de reformas
A ‘reforma das reformas’, como dizia o ex-presidente Michel Temer, já passou e conseguiu impedir o Brasil de ir para o buraco de vez. Mas o que mais importa nesse momento é a disposição do governo em continuar com o processo de reformas e ajustes, impulsionando uma política fiscal mais sustentável e incentivando o crescimento da economia.
A XP coloca projetos como a Reforma Tributária, PEC Paralela (Estados e Municípios) e o Plano mais Brasil, dividido em três PECs (Pacto Federativo, Emergencial e Fundos) como pautas a serem monitoradas de perto pelos investidores.
Os 140 mil pontos
A cereja do bolo na análise da XP ficou para o final. A corretora faz uma previsão para lá de otimista para o Ibovespa. Segundo os analistas, o principal índice da bolsa deve fechar 2020 aos 140 mil pontos, um salto de quase 22% se considerarmos os atuais 115 mil pontos do índice.