O dólar disparou e passou a renovar sucessivamente as máximas da sessão tanto no Brasil quanto no exterior logo depois da divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve Bank (Fed, o banco central norte-americano).
Após abrir em queda nesta quarta-feira (19), a moeda norte-americana passou a operar acima da marca de R$ 5,50 desde o início da tarde em meio a persistentes temores com relação ao teto de gastos no Brasil às vésperas da apresentação da proposta de orçamento do governo para 2021.
Depois da divulgação da ata, o dólar passou a subir tanto ante moedas fortes quanto a divisas de países emergentes em meio à sinalização de riscos à recuperação econômica norte-americana em meio à pandemia do novo coronavírus.
Na ata, o Fed cortou as projeções para o crescimento econômico dos EUA para o que resta do ano, acrescentando que a "natureza incomum" da pandemia dificulta a análise dos fatores de risco à economia.
Com isso, o dólar estabeleceu-se na faixa dos R$ 5,50 pela terceira vez esta semana e retornou aos níveis mais elevados ante o real desde 22 de maio, chegando à marca de R$ 5,5380 na máxima do dia.
No fechamento, a moeda norte-americana era cotada a R$ 5,5302, uma alta de 1,16% em relação a ontem.