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“Muito barulho”, diz Moro sobre conversas reveladas por site

Juiz Sérgio Moro

O ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro comentou em seu perfil no Twitter na noite deste domingo, 9, que fazem "muito barulho sobre supostas mensagens obtidas por meios criminosos de celulares de procuradores da Lava Jato".

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Na mesma publicação o ex-juiz da Lava Jato compartilhou íntegra de nota sobre conversas reveladas pelo site The Intercept.

O site publicou diálogos atribuídos a procuradores e também supostas conversas do coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná, Deltan Dallagnol, com o ex-juiz Moro.

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O juiz federal da 7ª Vara do Rio Marcelo Bretas compartilhou o tuíte de Moro e escreveu que há possibilidade de 'diálogos forjados, criando fake news'.

O procurador Deltan Dallagnol também chegou a compartilhar a publicação de Moro, mas antes reproduziu trechos da nota divulgada pelo Ministério Público Federal neste domingo, 9, destacando que "os procuradores da Lava Jato não vão se dobrar".

As conversas supostamente mostrariam que Moro teria orientado investigações da Lava Jato por meio de mensagens trocadas no aplicativo Telegram. O site afirmou que recebeu de fonte anônima o material.

Nada de orientação

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Moro também afirmou nesta segunda-feira, dessa vez ao vivo em Manaus, que "não há orientação nenhuma" na troca de mensagens com Dallagnol.

"Não tem nenhuma orientação ali naquelas mensagens. E eu nem posso dizer que são autênticas porque, veja, são coisas que aconteceram, e se aconteceram, foram há anos. Eu não tenho mais essas mensagens. Eu não guardo, eu não tenho registro disso. Mas ali não tem orientação nenhuma", disse Moro.

Questionado o porquê manteve contato com os procuradores via mensagem de texto de aplicativos, Moro disse que "é algo normal". "Veja, os juízes conversam com procuradores, conversam com advogados, conversam com policiais. E isso é algo normal."

Moro abandonou a coletiva ao ser questionado se as mensagens sugeriam direcionamento das fases da Operação Lava Jato. "Se houve alguma coisa nesse sentido são operações que já haviam sido autorizadas e isso é questão de logística de saber como fazer. Senhores eu vim aqui para falar do Amazonas e se não tem pergunta a esse respeito eu encerro."

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PF apura invasão de telefones de Moro e de procuradores

Há um mês, a Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar ataques feitos por hackers aos celulares de procuradores da República que atuam nas forças-tarefas da Lava Jato em Curitiba, no Rio e em São Paulo. Há 4 dias, outro inquérito foi aberto para apurar ataques ao celular de Moro.

A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba afirmou, em nota divulgada na noite de domingo, 9, que "não sabe exatamente ainda a extensão da invasão", mas que "possivelmente" foram copiados "documentos e dados sobre estratégias e investigações em andamento e sobre rotinas pessoais e de segurança" dos integrantes do grupo e de suas famílias.

Também por meio de nota no domingo, Moro afirmou que, nas mensagens em que é citado, "não se vislumbra qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado".

*Com Estadão Conteúdo.

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