As ações da Oi fecharam em queda no pregão desta segunda-feira (7) após o jornal espanhol Expansion afirmar que a Telefônica negocia um acordo com a Telecom Itália (dona da Tim) e a América Móvil (dona da Claro) para comprar os ativos da tele em recuperação judicial.
Os papéis ordinários da companhia (OIBR3) eram negociados a R$ 0,94, numa queda de 1,05%. Acompanhe nossa cobertura de mercados.
Em setembro passado, agências de notícias informaram que a Telefônica havia manifestado interesse em comprar especificamente as redes móveis da Oi, que abrangem as tecnologias 3G e 4G - e não nas redes fixas, voltadas para banda larga e TV por assinatura.
O presidente da Telefônica Brasil, Christian Gebara, então, negou que a empresa houvesse aberto tratativas oficiais com a Oi. "No mercado de telecomunicações, precisamos entender tudo que está acontecendo e podemos, eventualmente, considerar qualquer empresa. Nesse caso específico, o rumor é infundado. Não há qualquer conversa", disse ao jornal Estadão.
A própria Oi também negou as conversas oficiais com a Telefônica.
Oi de olho no Congresso
Também em setembro, o Senado aprovou o projeto que atualiza o marco legal das telecomunicações no País. O texto beneficia a Oi. A avaliação é que o encaminhamento do novo marco legal tende a desencadear diferentes ondas de investimentos no setor.
À época, em relatório divulgado a clientes, os analistas do BTG disseram que a nova legislação era um gatilho importante para a Oi. "Acreditamos numa economia na ordem de R$ 1 bilhão com despesas regulatórias da companhia".
Outro ponto importante ressaltado pelos analistas é de que o marco regulatório pode aumentar também as chances de fusões e aquisições.