Agora é oficial. O Nubank confirmou que captou US$ 400 milhões (R$ 1,5 bilhão) em uma nova rodada de investimentos. A empresa dona do cobiçado cartão roxo não confirma, mas foi avaliada em cerca de US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 38 bilhões) no aporte de capital, segundo informações de mercado. O negócio consolida a fintech brasileira como o maior banco digital do mundo.
Os investimentos foram liderados pelo fundo americano TCV. Trata-se do primeiro negócio relevante na América Latina realizado pelo fundo, que já colocou dinheiro em empresas como a plataforma de hospedagem Airbnb e nas redes sociais Facebook e LinkedIn.
Os fundos que já haviam investido em rodadas anteriores do Nubank, como Tencent, DST Global, Sequoia Capital, Dragoneer, Ribbit Capital e Thrive Capital, também entraram com dinheiro na nova rodada.
A captação acontece pouco mais de uma semana depois de o banco digital alemão N26, espécie de versão europeia do Nubank, anunciar uma captação de US$ 170 milhões e confirmar os planos de desembarcar no Brasil.
Com o novo aporte, a fintech brasileira acumula US$ 820 milhões captados em sete rodadas de investimento. Criada em 2013, a empresa informa que já é a sexta maior instituição financeira do Brasil em número de clientes, com mais de 12 milhões de usuários de seus cartões.
A empresa começou com uma emissora de cartão de crédito sem anuidade, vinculada a um aplicativo pelo celular, mas vem expandindo os produtos. Primeiro, com a criação de conta que permite pagamentos, depósitos e que proporciona um rendimento de 100% do CDI sobre o saldo. E, mais recentemente, com a concessão de empréstimos pessoais e conta para micro e pequenas empresas. Neste ano, também deu início à expansão internacional, com escritórios no México e na Argentina.
O único teste no qual o Nubank ainda não passou é o do lucro. Desde a criação, a empresa do cartão roxo sempre operou no vermelho. No primeiro trimestre, por exemplo, registrou prejuízo de R$ 50,6 milhões.
Os céticos em relação ao modelo do banco digital – e das fintechs em geral – questionam justamente a capacidade de transformar um bom produto para os clientes em um negócio rentável para seus acionistas. E você, o que acha? Deixe seu comentário logo abaixo ou lá no meu Twitter.