O jogo de cartas em que os pares se trocam no meio da partida deu título a “O Quatrilho”, um dos clássicos do cinema brasileiro, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Dois casais de imigrantes italianos que vivem no Sul do Brasil decidem morar na mesma casa para economizar. Angelo é casado com Teresa e Pierina com Massimo. Em dado momento, Massimo se apaixona por Teresa e foge, deixando para trás Pierina e Angelo.
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Não pude deixar de lembrar de “O Quatrilho” quando piscou ontem à noite a notícia de que a Delta Airlines comprou uma fatia de 20% na Latam. Ué, mas a Gol não estava em um longo noivado com a Delta e a Latam com a American Airlines?
Para quem não é fanático pelo setor aéreo como eu, eis um breve contexto. A Delta é dona de uma fatia da Gol desde dezembro de 2011. Começou com uma participação de 3% e atualmente ela detém 9,4%. Já a Latam, empresa que nasceu da fusão da brasileira TAM com a chilena LAN, nunca chegou a vender uma fatia para a American Airlines. Mas firmou um tal de um acordo de “joint business agreement”, que na prática acerta uma união de forças.
Os dois casamentos estavam encaminhados. O mercado só esperava os noivos marcarem a data, especialmente Gol e Delta, após o fim do limite do capital estrangeiro no setor aéreo.
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Só que ontem a Delta “casou” de surpresa com a Latam e deixou a Gol no altar.
A decisão surpreende porque a Delta não foi um noivo fanfarrão. Pelo contrário, parecia estar muito comprometida no longo prazo. Ela segurou as pontas quando a Gol quase quebrou em 2016. A Delta aumentou sua posição na empresa e colocou dinheiro na companhia. Sem o reforço de caixa feito na época pela Delta (e pelo Smiles) e outras ações emergenciais tomadas, o fantasma da recuperação judicial poderia ter batido à porta da Gol...
Ah, mas se e for poliamor...
Você agora pode estar pensando que a Delta, como minoritária, bem poderia ficar “casada” com Gol e Latam. Se fosse um negócio em outro setor, até poderia... Mas na aviação isso não rola. Uma companhia aérea sócia de outra não é mero investidor, é um sócio estratégico, como se diz no jargão do mercado. Você já imaginou a Delta ter um assento no conselho da Gol e da Latam ao mesmo tempo? Seria como discutir uma estratégia de ataque com o inimigo.
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Hoje pela manhã a Delta confirmou em teleconferência que vai encerrar a parceria com a Gol. O mercado vai reagir com certeza. Nem precisa de insider pra saber que o papel da Gol vai apanhar hoje. Faz parte, até porque a Delta, uma das empresas aéreas mais rentáveis do mundo, era um excelente partido.
Mas acredito que esse filme ainda está na metade e logo virá a volta por cima. Será que Gol e American Airlines vão jogar juntas o quatrilho dos ares? Aguardo com ansiedade as cenas que virão...
Outubro vem aí
A última sexta-feira do mês chegou e está repleta de divulgação de indicadores econômicos e ajustes de fim de mês que devem contribuir para o vaivém do mercado. Os investidores ainda estão sem saber o que esperar de outubro que se aproxima, mas no horizonte já rondam as incertezas em torno do impeachment de Donald Trump, da guerra comercial entre Estados Unidos e China e da desaceleração econômica global.
No Brasil, o mercado local reage à sinalização favorável do STF que pode anular sentenças da Lava Jato e de outros processos penais. O julgamento será retomado na próxima quarta-feira, mas a sinalização já é suficiente para criar um ambiente de maior insegurança jurídica no país.
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Ontem, o Ibovespa fechou o dia com alta de 0,80%, aos 105.319,40 pontos. O dólar encerrou com leve alta de 0,8%, a R$ 4,1623. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Um reforço para o aço
Sergio Leite, presidente da Usiminas - Imagem: Eduardo Nicolau/Seu Dinheiro
A Usiminas mapeou 32 desafios para aprimorar a operação em todo o grupo e lançou o desafio para as startups. O presidente da empresa, Sérgio Leite, bateu um papo com a repórter Daniele Madureira, em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro para falar sobre o futuro da companhia.
Tem quem empreste para ganhar menos...
Se você acha que a vida do investidor em renda fixa ficou difícil com a Selic chegando a mínimas históricas, pense duas vezes. Há países em que a taxa de juros já é abaixo de zero. Ainda assim, tem gente que compra título público com remuneração negativa. Mas qual a lógica por trás dessa estratégia de investimento e como operam os juros a esse patamar? A repórter Julia Wiltgen te conta neste vídeo . De quebra, você ainda confere como os brasileiros podem se beneficiar nesse cenário.
Agenda
Indicadores
- CNI divulga Índice Nacional de Expectativa do Consumidor
- FGV divulga IGP-M de setembro
- IBGE divulga Pnad Contínua
- Tesouro apresenta resultado primário do Governo Central em agosto
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Bancos Centrais
- BC faz leilão de até US$ 597 milhões em contratos de swap cambial reverso
- BC faz leilão de venda à vista de até US$ 597 milhões
- BC faz leilão de swap cambial tradicional em montante equivalente ao que não for vendido no leilão à vista
- BC oferta até R$ 3 bilhões em títulos públicos em operação compromissada de três meses
Política
- Assembleia Geral da ONU segue com discurso de líderes mundiais
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Após dois anos do minério de ferro figurando nas notícias negativas, analista observa brecha que pode virar o jogo para a commodity e para os dividendos da Vale (VALE3).
Miranda participou do Empiricus Asset Day, na última segunda-feira (15), evento que abordou os cenários político e econômico para os investimentos em 2026; confira os principais temas
Segundo Ruy Hungria da Empiricus, “Flávio Day” não é sinal para desistir da bolsa brasileira, mas é preciso escolher ações “imunes” à eleição para ter na carteira agora
Para Enzo Pacheco, analista de ações internacionais, duas empresas chinesas de tecnologia, em especial, são oportunidade de compra este mês – com ações descontadas e alto potencial de valorização; confira
Ativos digitais, como o bitcoin, enfrentam volatilidade após corte de juros nos Estados Unidos; mesmo diante de incertezas, criptos ainda podem oferecer boas oportunidades; veja
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