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Onyx admite que cessão onerosa pode ficar para o ano que vem e não dá prazo para apresentar a nova reforma da Previdência

Onyx Lorenzoni, ministro-chefe da Casa Civil no governo Bolsonaro

Onyx Lorenzoni

O ministro extraordinário de transição, Onyx Lorenzoni, disse nesta segunda-feira, 3, que a equipe do futuro governo está dialogando com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e com o atual ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, para aprovar as regras de repartição da cessão onerosa ainda este ano, mas que se não for possível solução até a próxima semana, a pauta ficará para o ano que vem.

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"No caso da cessão onerosa, há um diálogo permanente do doutor Guedes com o doutor Guardia, intermediado pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira. Como existem muitos interesses, essa é uma construção complexa", disse o ministro em coletiva de imprensa nesta tarde. "Estamos buscando o caminho literalmente do meio."

O ministro disse ainda que a votação do projeto de lei de autonomia do Banco Central ficará para o início do próximo governo e que o atual presidente da instituição, Ilan Goldfajn, vai permanecer no cargo até quando for necessário.

"A ideia é ficar a definição (da autonomia do BC) para o próximo governo, até porque temos problema do tempo (...) O entendimento que nós temos é de não sobrecarregar o Congresso nesse momento com nenhuma demanda". O ministro descartou também a possibilidade de o presidente Michel Temer nomear o futuro presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ainda este ano.

Previdência também deve esperar

Onyx também não parecia muito otimista com relação à reforma da Previdência e reconheceu que o envio da nova proposta ao Congresso poderá levar um pouco mais de tempo. Ele também disse que o presidente eleito ainda não definiu quais assuntos prioritários serão endereçados primeiro quando o novo Congresso assumir, em 1º de fevereiro de 2019.

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O futuro ministro da Casa Civil disse que a reforma da Previdência, medida mais aguardada pelos investidores e considerada essencial para garantir a sustentabilidade das contas, não será feita "no afogadilho" e que será preciso ter "paciência". "Por isso a gente não fala de modelo específico, não fala de prazo, porque tem que ser uma coisa bem construída. Temos quatro anos para garantir futuro dos nossos filhos e netos", disse.

Ele avaliou que a alta taxa de renovação do Congresso Nacional e a tentativa de se buscar uma nova fórmula de negociação para substituir o "toma-lá-dá-cá" serão desafios importantes a serem enfrentados para conseguir a aprovação da proposta.

Segundo ele, a tramitação da reforma da Previdência no Congresso vai acompanhar o trabalho de convencimento dos parlamentares.

*Com Estadão Conteúdo.

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