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Tesouro Direto pagou R$ 29 bilhões em juros do Tesouro IPCA+, e mais R$ 180 bilhões do Tesouro Selic aguardam; onde reinvestir a bolada?

Notas de cem reais

O primeiro trimestre do ano costuma ser bastante movimentado no Tesouro Direto. Em janeiro tipicamente ocorrem vencimentos e pagamentos de juros (cupom semestral) dos títulos prefixados; em fevereiro é a vez do pagamento dos juros semestrais dos títulos indexados à inflação que vencem em anos pares; e em março há sempre o vencimento de títulos pós-fixados.

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Na última segunda-feira (17), os investidores dos títulos Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B) que vencem em anos pares receberam na conta uma bolada de cerca de R$ 29 bilhões, a título de juros semestrais desse papel.

Só para se ter uma ideia da dimensão deste evento, esses títulos correspondem a cerca de 56% do total de NTN-Bs no mercado.

Para o próximo dia 1º de março, por sua vez, está marcado o vencimento do Tesouro Selic 2025, o que deve liberar no mercado R$ 180 bilhões, entre principal e juros pertencentes aos investidores.

Emitido no final de 2018, este título indexado à taxa básica de juros apresentou um retorno acumulado de 64,35% desde então até o dia 12 de fevereiro, indica levantamento do banco da Quantum Finance a pedido do banco Inter.

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No mesmo período o CDI retornou 64,11%, o IMA-B (índice que reproduz o desempenho de uma cesta de títulos indexados à inflação) retornou 61,55%, o dólar subiu 57,02%, o Ibovespa rendeu 45,10% e o IPCA foi de 40,16%.

Com o dinheiro em mãos, os investidores do Tesouro Direto que não têm objetivo imediato para os recursos tendem a reinvesti-los em papéis similares, de mesmo indexador. Mas esta não é a única alternativa.

Onde reinvestir a bolada do Tesouro Direto?

A recomendação das analistas de renda fixa da Empiricus, Laís Costa e Djuli Cavalcante, é reinvestir o cupom pago ontem pelos papéis Tesouro IPCA+ em títulos isentos de imposto de renda com o mesmo indexador, isto é, atrelados à inflação oficial.

Lembre-se de que, a cada pagamento de juros e vencimento, os títulos do Tesouro Direto sofrem um desconto de imposto de renda, o que vai comendo a rentabilidade quando se opta sempre pelo reinvestimento.

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No entanto, o título indexado à inflação indicado pelas analistas nesta semana não é um isento, mas sim um CDB do banco Daycoval, disponível na plataforma do próprio banco.

Com vencimento em 17 de maio de 2027, o papel tem uma taxa considerada atrativa de 9,00% ao ano + IPCA no vencimento, com aplicação mínima de R$ 1.000.

Embora o Daycoval seja considerado um banco sólido, com classificação de crédito em moeda local AAA pela Fitch, trata-se de uma instituição financeira de porte médio, sendo importante seguir o limite do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) nesta aplicação, de R$ 250 mil por CPF, por emissor.

Já no caso dos recursos advindos do vencimento do Tesouro Selic 2025 em março, as analistas da Empiricus dispõem de três recomendações de papéis pós-fixados, atrelados ao CDI e que podem se beneficiar do ciclo de alta da Selic.

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Dois deles são CDBs com liquidez diária: o do BTG Pactual, que vence em 18 de fevereiro de 2027 e remunera 100% do CDI; e o do Banco Sofisa, que vence em 21 de fevereiro de 2028 e remunera 110% do CDI.

O terceiro é uma Letra de Crédito Imobiliário (LCI) do banco Inter, que vence em 8 de fevereiro de 2027 e paga, no vencimento, 94% do CDI para aplicações de até R$ 250 mil, chegando a 96% do CDI para aplicações de mais de R$ 1 milhão, com isenção de imposto de renda.

Todos os três títulos também contam com a proteção do FGC para investimentos de até R$ 250 mil por CPF, por emissor, totalizando um limite global de R$ 1 milhão por CPF.

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