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Fim da linha para o Brasil: governo Trump diz que tarifas vieram para ficar

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (EUA).

Donald Trump

Quando Donald Trump assinou na quarta-feira (30) o decreto que estabelece tarifas de 50% ao Brasil com centenas de exceções e um prazo de sete dias para a entrada em vigor, deu esperança de que o País ainda poderia negociar uma taxa menor. Neste domingo (3), o governo norte-americano indicou que não há espaço para conversas.

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Em entrevista ao programa Face the Nation, da emissora CBS, o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, indicou que não há expectativa de que as tarifas sejam revistas, mesmo com as negociações comerciais em andamento.

Embora o governo Trump tenha demonstrado flexibilidade em rodadas anteriores — como na recente redução de tarifas dentro de um acordo com a União Europeia (UE) — Greer disse que, desta vez, as taxas estão "praticamente definidas". 

"Muitas dessas tarifas são fruto de acordos. Alguns já foram divulgados, outros ainda não, e há casos em que os percentuais dependem do nível de déficit ou superávit comercial com cada país", disse.

Vale lembrar que na semana passada  Trump assinou um decreto que estabelece tarifas significativas para diversos países. Os novos valores incluem a tarifa de 50% para o Brasil, 39% para a Suíça, 35% para o Canadá, 25% para itens da Índia e 20% para produtos de Taiwan

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Trump não disse que Lula pode ligar?

Na sexta-feira (1), Trump se mostrou, pela primeira vez, aberto a conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Em declarações à imprensa, o republicano abriu espaço para receber uma ligação telefônica do petista para discutir um acordo comercial bilateral. 

“Ele pode falar comigo a qualquer momento”, afirmou Trump na ocasião. “Vamos ver o que acontece com o Brasil. Eu amo as pessoas de lá”, acrescentou. 

Em seguida, ele voltou a acusar o País de não tratar bem o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Não demorou muito para Lula responder Trump. "Sempre estivemos abertos ao diálogo. Quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições. Neste momento, estamos trabalhando para proteger a nossa economia, as empresas e nossos trabalhadores, e dar as respostas às medidas tarifárias do governo norte-americano", disse.

As negociações com a China

A China, no entanto, segue sendo um caso à parte. Greer comentou sobre os avanços nas negociações com a segunda maior economia do mundo, afirmando que, segundo ele, vêm ocorrendo de maneira "muito positiva". 

O foco atual das tratativas está na cadeia de suprimentos de ímãs e minerais de terras raras, insumos considerados estratégicos para a indústria norte-americana. 

"Nosso objetivo é garantir que o fornecimento desses materiais continue fluindo normalmente. Diria que já percorremos metade do caminho nesse processo", afirmou.

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