A popularidade do Pix, desde seu lançamento em 2020, é inegável. Ganhando tração, o sistema de pagamento se tornou padrão na economia brasileira — virando até potencial alvo da guerra comercial do presidente dos EUA, Donald Trump.
Agora, o sistema de pagamentos criado pelo Banco Central também se tornou onipresente no e-commerce, ao menos é o que aponta o levantamento da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).
O Pix alcançou presença em 100% dos checkouts monitorados em 2025 — o mesmo índice do tradicional cartão de crédito. Em 2021, o sistema estava presente em apenas 32% das telas de pagamento.
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Enquanto isso, métodos mais tradicionais, como o boleto bancário, perderam força. Sua presença caiu de mais de 80% em 2021 para 32,2% em julho de 2025.
Gastão Mattos, conselheiro da camara-e.net, destaca que o Pix mudou a relação de consumo no Brasil.
“O levantamento evidencia que o Pix não apenas facilitou a experiência do consumidor, mas também dinamizou o mercado de pagamentos, possibilitando o surgimento de novos modelos e mais agilidade para os negócios”, afirma.
Pix abriu portas para outras formas de pagamento digital
Para Mattos, o Pix foi um marco para o surgimento de outros modelos de pagamento presentes em checkouts registrados pela pesquisa.
Um exemplo é o BNPL (Compre Agora, Pague Depois), modelo que concede crédito para que o consumidor compre um item e depois, após um período, seja cobrado por meio de uma forma de pagamento à sua escolha — quase como se o item fosse pago fiado.
Dentro das plataformas analisadas no levantamento, o BNPL estava presente em 61% dos checkouts, ante 0% no ano anterior.
“Sem o Pix, dificilmente o BNPL teria alcançado a tração atual, já que sua operação depende justamente de meios ágeis, baratos e escaláveis para funcionar com eficiência”, complementa.
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O avanço de tecnologias como tokenização e Click to Pay também está fortalecendo o ecossistema dos pagamentos digitais no Brasil, segundo avaliação do Comitê de Meios de Pagamento e Antifraude da camara-e.net, apesar de não fornecer a porcentagem de participação dessas formas de pagamento.
A entidade destaca que até as operadoras tradicionais aceleraram o desenvolvimento de carteiras digitais, APIs de integração e parcerias com fintechs — movimento que ganhou tração devido à infraestrutura criada pelo próprio PIX, com liquidação instantânea e de baixo custo.