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Samarco sai da recuperação judicial, mas desastre em Mariana deixa marcas. Conheça os planos da sócia da Vale daqui para frente

Bento Rodrigues Mariana Samarco Vale

Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), após rompimento da barragem da Samarco, empresa da Vale e BHP.

Após acumular uma dívida de R$ 50 bilhões e escrever na sua história uma das maiores tragédias ambientais brasileiras, a Samarco — que tem como sócias a Vale (VALE3) e a BHP Billiton — anunciou a saída da recuperação judicial, um processo que levou quatro anos para ser concluído. 

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O deferimento do pedido de encerramento do processo de recuperação judicial ocorreu na segunda-feira (11) na 2ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte.

A Samarco entrou em recuperação judicial em 2021 em decorrência das dificuldades financeiras provocadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em novembro de 2015. 

O desastre não só gerou impactos ambientais e sociais como comprometeu a sustentabilidade econômica da empresa. 

A recuperação judicial da Samarco

A Samarco apresentou o plano de recuperação em julho de 2023, que foi homologado no mês seguinte. O documento estabeleceu obrigações financeiras com vencimento em até dois anos após a concessão da recuperação e previa fiscalização judicial no período. 

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Em novembro de 2024, a Samarco solicitou o encerramento antecipado da recuperação judicial, alegando que havia cumprido integralmente as obrigações previstas no plano.

A Administração Judicial e o Ministério Público de Minas Gerais manifestaram-se favoravelmente, homologando o encerramento do processo, dispensando a prestação de contas e dissolvendo o Comitê de Credores.

Ao informar a saída da recuperação judicial nesta segunda-feira (11), a Samarco diz ter reestruturado passivos superiores a R$ 50 bilhões perante cerca de 10 mil credores.

 "A Samarco vem implementando com êxito e dentro dos prazos os termos e condições estabelecidos no plano de recuperação judicial, aprovado pela Assembleia Geral de Credores, e destaca que a maior parte das ações foram concluídas no início de 2024”, diz a empresa em nota. 

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“Mesmo após o encerramento, a companhia segue comprometida com o cumprimento dos prazos e condições acordados no plano de recuperação Judicial cujo vencimento se dará nos próximos anos”, acrescenta. 

Confira a linha do tempo da recuperação judicial da Samarco:

O planos da Samarco daqui para frente

Embora a tragédia em Marina tenha deixado marcas na história — da empresa e do País —, a Samarco pretende, a partir de agora retomar gradualmente suas operações para atingir 100% da capacidade produtiva até 2028.

Se o cronograma se cumprir, em três anos a companhia terá alcançado uma escala de produção de cerca de 26 ou 27 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro

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Segundo a Samarco, atualmente a capacidade produtiva instalada é de 60%, com cerca de 16,3 mil empregados diretos e contratados.

 "A conclusão bem-sucedida [da recuperação judicial] representa um marco importante na trajetória de reestruturação da empresa, permitindo o reequilíbrio econômico-financeiro e a consolidação de bases sustentáveis para seu crescimento e cumprimento das obrigações previstas no Novo Acordo do Rio Doce", diz a nota. 

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