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O que o futuro reserva para a XP (XPBR31): BTG e UBS BB apontam as pedras no caminho e dizem se vale ter o papel na carteira

Foto mostrando dois homens olhando para o logo da XP (XPBR31) numa parede

XP

Para gigantes da bolsa, apresentar lucros recordes muitas vezes é apenas cumprir o dever de casa. O verdadeiro desafio está na sustentabilidade desses resultados. Foi com esse olhar que o mercado recebeu o balanço da XP, que registrou um lucro líquido de R$ 4,54 bilhões em 2024, um crescimento recorde de 17% ano contra ano.

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Na avaliação do BTG Pactual, o último trimestre do ano da corretora foi "sólido, sem surpresas" – e essa previsibilidade foi suficiente para o banco manter a recomendação de compra da ação.

O BTG tem preço-alvo de US$ 17 para o papel da XP,  o que representa um potencial de valorização de 16,3% sobre o fechamento desta quarta-feira (19) em Nova York. 

O UBS BB também seguiu na mesma linha, recomendando a compra de XP, projetando um preço-alvo de US$ 16 em 12 meses, o que implica em um upside de 7,9%. 

Hoje, os papéis XPBR31 negociados na B3 fecharam com queda de 0,54%, cotados a R$ 84,85. Em Nova York, XP recuou 1,26%, a US$ 14,83. 

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O futuro da XP e a confiança dos analistas

Mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador no Brasil, o CEO da XP, Thiago Maffra, reforçou a resiliência do modelo de negócios da empresa. Ele destacou que a XP é uma potência em renda fixa e prevê um crescimento de receita acima de 10% em 2025.

Além disso, Maffra reafirmou o compromisso com o guidance de 2026 e, após devolver cerca de R$ 10 bilhões aos acionistas nos últimos três anos, garantiu um payout acima de 50% para 2026 e 2027.

A principal aposta da XP para expandir sua competitividade, segundo relatório do UBS BB, está no segmento de negócios direto ao consumidor (B2C). Apontado como o foco de crescimento em 2025, o setor deve diversificar ainda mais as fontes de captação líquida da empresa.

E a XP já vem ganhando terreno. O crescimento da assessoria interna se destaca como um dos pilares dessa estratégia. Com quase 3.000 assessores internos no fim de 2024, responsáveis por cerca de 60% da captação líquida de varejo da empresa no ano.

O UBS BB também projeta uma melhora no índice de eficiência ao longo de 2025. Caso haja uma frustração na receita, um controle rigoroso de custos deverá ser implementado para manter a rentabilidade.

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O desafio de manter a competitividade

Apesar do otimismo, nem tudo são flores entre os analistas quando o assunto é a XP. 

O BTG Pactual enfatiza que, embora a avaliação das ações ainda não seja "exigente", a corretora precisa entregar um crescimento de receita acima de 10% em 2025 para justificar um potencial de valorização adicional.

E algumas nuvens no horizonte, apontadas no relatório, podem se tornar tempestade. 

O banco cita um cenário de juros elevados por um período prolongado, menor captação líquida devido à concorrência com novos entrantes e bancos tradicionais, riscos na implementação de novos produtos e possíveis mudanças regulatórias são todos fatores que podem desestabilizar os planos da empresa.

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