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Mercado Livre (MELI34) versão drogaria: o que a empresa tem a ganhar e o que esperar do movimento, segundo BTG e XP

Centro de Distribuição do Mercado Livre, que quer atuar no setor de farmácias

Centro de Distribuição do Mercado Livre.

O Mercado Livre (MELI34) quer ampliar ainda mais sua presença no varejo brasileiro e encontrou um novo alvo: o setor farmacêutico. A companhia argentina confirmou a aquisição da Target, uma farmácia da startup de prescrições e exames digitais Memed.

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O negócio depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Se aprovado, o BTG Pactual avalia como mais tangível a investida do Mercado Livre no setor farmacêutico. Diferentemente do varejo discricionário, drogaria é um varejo regulado e protegido por operadores incumbentes

“É importante ressaltar que os players de e-commerce em todo o mundo tiveram um sucesso limitado no varejo de medicamentos em geral”, diz o time de analistas. 

O relatório afirma que, quando obtém sucesso, é porque as empresas de varejo conseguiram tração nas categorias de medicamentos sem prescrição médica e produtos de higiene/beleza que, juntas, correspondem a cerca 45% a 50% do mix de vendas. 

Ainda assim, as dificuldades se somam em outras áreas, como de prescrição médica, devido à regulamentação e às necessidades de imediatismo.

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Quais as chances do Mercado Livre em farmácias? 

O BTG estima que de 60% a 70% das transações de medicamentos no Brasil são emergenciais e exigem a medicação em estoque. Além disso, as regras de retenção de prescrições (para antibióticos e psicotrópicos, por exemplo) adicionam barreiras.

No mais, as regras rígidas para medicamentos prescritos limitam a operação dos canais digitais, um dos fortes do Mercado Livre. 

Com isso, o BTG vê a aquisição como um ponto de apoio inicial, mas diz que o impacto no setor dependerá da capacidade do MELI de expandir sua base de farmácias físicas.

Na visão da XP, o movimento de comprar a Target é inteligente para contornar as restrições da regulamentação, mas ainda há riscos. O relatório da corretora destaca três restrições principais das leis brasileiras à venda de medicamentos online:

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“Esta primeira farmácia provavelmente serviria como um projeto-piloto antes de se expandir para lojas estrategicamente localizadas em todo o país para construir uma maior capilaridade”, sugerem os analistas da XP. 

Para eles, a medida seria positiva para o Mercado Livre, adicionando uma categoria nova, relevante e recorrente à prateleira de produtos da empresa. 

Concorrência para as farmácias 

A notícia é ruim para as demais drogarias, segundo a XP, que observa que esse movimento representa um risco relevante para as farmácias. Os analistas pontuam sobre uma eventual mudança no setor se o Meli expandir suas operações.

Apesar disso, a corretora acredita que as companhias que já operam no setor ainda mantêm uma vantagem competitiva: a entrega ultrarrápida. Além disso, as lojas físicas continuam a oferecer uma proposta valiosa por meio de atendimento personalizado e uma experiência diferenciada.

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*Com informações do Money Times.

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