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Com forte exposição à Ambipar (AMBP3), BlueBank, de Maurício Quadrado, busca comprador, diz site

Caminhão verde-limão da Environmental ESG, subsidiária da Ambipar que tenta fazer IPO na bolsa brasileira,

Caminhão da Environmental ESG, subsidiária da Ambipar que tenta fazer IPO na bolsa brasileira,

A crise enfrentada pela Ambipar (AMBP3) deixou de afetar só a própria empresa, que começa o mês das bruxas fazendo novas “vítimas”. O colapso das ações da companhia de soluções ambientais agora atinge o BlueBank, banco de Maurício Quadrado, ex-sócio do Banco Master.

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O BlueBank tem uma parcela relevante dos seus ativos alocada nos papéis da Ambipar por meio de fundos. Com a queda de 95% no preço dos papéis AMBP3 em apenas 15 dias, o banco agora procura um comprador, apurou o Money Times, site do mesmo grupo do Seu Dinheiro.

A empresa de soluções ambientais começou a ser vista com desconfiança pelo mercado depois de fazer um pedido de proteção contra os credores, tendo visto uma forte desvalorização nos seus títulos de dívida e ações negociadas na B3.

O BlueBank tinha R$ 1,5 bilhão em ativos no fim de 2024, sendo quase R$ 1,1 bilhão em carteira de títulos e valores mobiliários, segundo dados do último balanço disponível. 

Desse total, quase 90% estavam alocados em dois fundos de ações: Texas I e Arizona. Os dois têm exposição à Ambipar, que representava a maior parte das carteiras.

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Diante do colapso da companhia, a instituição financeira já começou a fazer diversas demissões. O Sindicato dos Bancários de São Paulo confirmou que ocorreram 50 dispensas e 34 pedidos de desligamento.

O BlueBank ainda não se manifestou sobre o assunto.

ATUALIZAÇÃO: Após a publicação, a assessoria de imprensa do BlueBank informou que o banco não está à venda. Sobre a exposição em Ambipar, disse que a posição foi liquidada antes da queda recente das ações. Por fim, a assessoria confirmou os desligamentos, mas afirmou que não há ligação entre os casos.

Os problemas da Ambipar

O BlueBank investiu nos fundos, e, consequentemente, na Ambipar, no ano passado. Os papéis da empresa de soluções ambientais chegaram a disparar quase 1000% em 2024. Com esse aumento, os ativos do banco de Maurício Quadrado também se multiplicaram na época.

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Essa alta sem precedentes das ações da Ambipar chamou a atenção do mercado, que não enxergava fundamento para o avanço. 

No fim de setembro, a empresa entrou com um pedido de proteção contra credores, movimento que costuma preceder uma recuperação judicial, acendendo um alerta no mercado.

No entanto, a situação financeira da companhia parecia contraditória com um pedido de reestruturação. Ao mesmo tempo que reportou uma dívida de R$ 616 milhões, segundo a agência S&P Global, a companhia registrou uma posição de caixa de R$ 4,7 bilhões no fim do segundo trimestre, o que deveria ser mais que suficiente para cobrir as dívidas.

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A Ambipar alega que o pedido de proteção judicial tem a ver com a necessidade de se proteger de um efeito cascata de vencimento das suas dívidas (cross-default), mas os credores começaram a tentar rastrear o caixa da empresa. Apenas US$ 80 milhões (cerca de R$ 400 milhões) foram encontrados, segundo fontes.

A relação de Maurício Quadrado com o Banco Master

Antes do Bluebank, Maurício Quadrado era sócio do Banco Master, mas deixou a sociedade em 2024. Na saída, ficou com o Letsbank, que depois foi rebatizado.

Já em janeiro, Quadrado anunciou a compra do Digimais, que pertence a Edir Macedo, da Igreja Universal e da TV Record. O negócio, porém, acabou não avançando.

Ao colocar o BlueBank à venda, Quadrado “concorre” com Daniel Vorcaro. Vorcaro é ex-sócio no Master e tenta também encontrar uma solução para a instituição e negócios como o Will Bank, que está no mercado à procura de um interessado.

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*Com informações do Money Times.

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