Site icon Seu Dinheiro

BTG coloca pé no freio e rebaixa recomendação de empresa do setor automotivo por causa do dólar pressionado

Iochpe-Maxion (MYPK3)

Iochpe-Maxion (MYPK3)

O BTG Pactual decidiu desacelerar em sua aposta para a empresa Iochpe-Maxion (MYPK3), empresa do setor automotivo especialista em produção de rodas. A recomendação para as ações da companhia recebeu um sinal amarelo: saiu de compra para neutra. O preço-alvo, que antes era R$ 19, caiu para R$ 14.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os analistas do banco afirmam que o cenário mais desafiador no setor automotivo dentro e fora do Brasil impede a valorização no curto prazo, apesar de o valuation ser considerado atrativo. 

No pregão de hoje, a ação recuou mais de 2% e encerrou o dia cotada a R$ 11,78.

Por que o BTG tirou o pé do acelerador?

Em seu relatório, o BTG diz que a revisão foi motivada por uma demanda mais fraca que o esperado nos Estados Unidos, especialmente em componentes estruturais, que representam cerca de metade dos volumes da região.

Outros fatores destacados pelo banco foram:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O banco também prevê números mais fracos no terceiro trimestre (3T25). Veja:

No ano passado, a Iochpe-Maxion teve um lucro líquido de R$ 109 milhões no terceiro trimestre (3T24).

O BTG afirma que pode mudar sua opinião se houver uma recuperação mais rápida dos volumes globais, avanço mais consistente na desalavancagem e maior geração de caixa. 

Produção só pega no tranco

Um fator que deve continuar a pesar sobre os resultados é a menor produção na América do Norte, que foi agravada. Por causa das novas tarifas de importação de 25% sobre caminhões nos EUA, que entram em vigor em 1º de outubro, a incerteza na cadeia produtiva aumentou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas o problema não são só os EUA. O cenário global, no geral, não está positivo. O crescimento previsto para a produção de veículos leves é de apenas 2% em 2025. Em 2026, a projeção é de queda de 1%, sendo as principais desacelerações na Europa e na América do Norte.

Aqui no Brasil, a situação é parecida: a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revisou para baixo as estimativas de vendas para 2025. As novas estimativas são alta de 6% para veículos leves e queda de 5% para pesados. Os motivos para as mudanças são juros elevados, desaceleração nos EUA e atividade econômica mais fraca.

*Com informações do Money Times.

Exit mobile version