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R$ 8,7 bilhões em dinheiro esquecido: governo já começou a incorporar recursos; veja como recuperar sua parte antes que seja tarde

Notas de R$ 50 dinheiro reais

Alguns brasileiros continuam com “dinheiro dando sopa” por aí. E não é pouca grana. O Banco Central divulgou que ainda existem R$ 8,7 bilhões em dinheiro esquecido em contas de instituições financeiras, sem que ninguém os reivindique. 

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O balanço do Sistema de Valores a Receber (SVR) considera os valores de novembro.

Desse montante, R$ 6,72 bilhões foram esquecidos por 44,5 milhões de pessoas físicas e R$ 1,97 bilhão foi deixado para trás por 3,9 milhões de empresas

Segundo o BC, quase dois terços (64,9%) dos beneficiários têm a receber até R$ 10. Para apenas 1,75% dos beneficiários o valor esquecido é acima de R$ 1 mil.

Ainda segundo o relatório, em novembro, foram devolvidos R$ 238,4 milhões por meio do SVR. 

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Desde que a iniciativa começou a valer no país, R$ 8,9 bilhões já foram sacados.

O que é considerado dinheiro esquecido pelo Banco Central?

Segundo o BC, os recursos passam a integrar o SVR nas seguintes situações:

  1. contas-correntes ou poupanças encerradas e não sacadas;
  2. cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito previstas em termo de compromisso assinado com o BC;
  3. cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito;
  4. grupos de consórcio extintos;
  5. cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso;
  6. contas de pagamento pré-pagas e pós-pagas encerradas e com saldo disponível;
  7. contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e de valores mobiliários;
  8. demais situações que resultem em valores a serem devolvidos reconhecidas pelas instituições financeiras.

O chamado "dinheiro esquecido" entrou como uma das compensações à desoneração da folha de pagamentos, em lei aprovada pelo Congresso e sancionada por Lula no ano passado. 

Portanto, após o dia 16 de outubro, os recursos esquecidos passaram a ser incorporados pelo Tesouro Nacional.

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Os valores, porém, ainda podem ser contestados. Haverá um prazo de 30 dias após publicação de um edital pelo Ministério da Fazenda com os valores recolhidos não solicitados. A pasta indicará a instituição depositária, a agência e a natureza e o número da conta do depósito para que os titulares contestem o recolhimento pelo Tesouro. 

Também será possível recorrer na Justiça durante um prazo de seis meses.

"Não havendo mais nenhuma contestação do recolhimento efetuado, os valores serão incorporados de forma definitiva e apropriados como receita orçamentária primária e considerados para fins de verificação do cumprimento da meta de resultado primário", informou a Fazenda ao Estadão em setembro.

Como sacar o 'dinheiro esquecido'?

O Banco Central alerta que o único site para a consulta dos valores a receber é o valoresareceber.bcb.gov.br.

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É preciso acessar o site e clicar em "Consulte se tem valores a receber". Insira os dados e clique em "Consultar". 

Após a consulta mostrar que há valores a receber, o cidadão deverá clicar em "Acessar o SVR" e, se não houver fila de espera, ele será direcionado para a página de login gov.br

O usuário terá 30 minutos dentro do sistema. Ele irá acessar a opção "Meus Valores a Receber". Depois, deve ler e aceitar o Termo de Ciência e verá na tela o valor a receber, o nome e os dados de contato da instituição que devolverá o valor, além da origem (tipo) do valor. Em alguns casos, aparecerão também outras informações.

O usuário deve clicar em "Solicitar por aqui" e selecionar uma chave Pix, caso em que a instituição devolverá o valor em até 12 dias úteis – não necessariamente via Pix (pode ser realizada TED, por exemplo). 

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Outro passo importante no processo do resgate é o recolhimento do número do protocolo para evitar problemas futuros.

* Com informações do Estadão Conteúdo.

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