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S&P 500 e Nasdaq renovam recordes; Ibovespa sobe 0,99% e dólar cai a R$ 5,5230 com acordos de Trump

donald trump ação de saúde

Donald Trump

A bolsa de Nova York já vinha embalada pelos acordos comerciais anunciados por Donald Trump nas últimas 24 horas — Japão, Indonésia e Filipinas — mas a notícia de que os EUA e a União Europeia (UE) estão perto de uma tarifa de 15% sobre as importações europeias fez o Dow Jones disparar 500 pontos e o S&P 500 renovar máxima no fechamento. Por aqui, o Ibovespa acompanhou os ganhos.

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O acordo, segundo o Financial Times, seria semelhante ao fechado com o Japão: Bruxelas poderia concordar com os chamados impostos recíprocos para evitar a ameaça do presidente norte-americano de aumentá-los para 30% a partir de 1º de agosto.

Segundo três fontes a par das negociações, tanto os EUA quanto a UE isentariam tarifas sobre alguns produtos, incluindo aeronaves, bebidas alcoólicas e dispositivos médicos.

Desde abril, os exportadores do bloco já pagam uma tarifa adicional de 10% sobre produtos enviados aos EUA — as exportações já eram submetidas a tarifas pré-existentes, de 4,8%, em média.

Ainda de acordo com o Financial Times, a União Europeia prepara um possível pacote de 93 bilhões de euros em tarifas retaliatórias, de até 30%, caso não chegue a um acordo até 1º de agosto.

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O Dow Jones subiu 1,14%, aos 45.010,29 pontos; o S&P 500 avançou 0,78%, aos 6.358,91 pontos — uma nova máxima —; e o Nasdaq teve alta de 0,61%, aos 21.020,02 pontos, também alcançando recorde no fechamento.

Por aqui, o Ibovespa também seguiu renovando máximas, embalados pelos ganhos em Nova York e por ações que são o carro-chefe da bolsa brasileira, como a Petrobras (PETR4). O principal índice da bolsa brasileira subiu 0,99%, aos 135.368,27 pontos.

No mercado de câmbio, o dólar à vista renovou mínimas, terminando o dia com queda de 0,79%, cotado a R$ 5,5230.

Acordos de Trump embalam a bolsa de Nova York

A bolsa de Nova York começou o dia embalada pelo acordo comercial com o Japão, no qual o país asiático pagará uma alíquota de 15% — e não mais os 25% impostos — e investirá, sob a "orientação" de Trump, US$ 550 bilhões nos EUA. Você pode conferir aqui os detalhes do acordo com o Japão.

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O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que o acordo com o Japão e a redução de tarifas recíprocas só foram possíveis após os japoneses oferecerem um “mecanismo inovador de financiamento”.

Em entrevista à Bloomberg TV, Bessent disse que o novo sistema consistirá na provisão de ativos e fundos, formando um novo capital que será redirecionado para "indústrias específicas" para eliminar riscos nas cadeias de oferta.

"O Japão conseguiu tarifas de 15% por conta do mecanismo inovador. Mas a União Europeia ainda não teve nada inovador", disse ele, ao ser questionado sobre a diferença nas negociações entre os parceiros comerciais.

O acordo com o Japão veio um dia depois de Trump anunciar um acordo comercial com a Indonésia que prevê a eliminação de 99% das barreiras tarifárias do país asiático para produtos norte-americanos. Em contrapartida, os EUA aplicarão uma tarifa de 19% sobre os produtos indonésios importados.

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O acordo também prevê que a Indonésia fornecerá aos EUA seus "preciosos minerais críticos, além de assinar grandes contratos, no valor de dezenas de bilhões de dólares, para a compra de aeronaves Boeing, produtos agrícolas americanos e energia norte-americana", segundo o republicano.

Na ocasião, Trump afirmou que o pacto é "uma vitória enorme" para fabricantes de automóveis, empresas de tecnologia, trabalhadores, agricultores, pecuaristas e fabricantes dos EUA.

Também ontem, o presidente norte-americano firmou um acordo comercial com as Filipinas, no qual o país do sudeste asiático pagará uma tarifa de 19%. Segundo o republicano, os países trabalharão juntos em termos militares.

Os EUA haviam imposto uma tarifa de 20% para as Filipinas em 9 de julho — mesmo dia das tarifas de 50% para o Brasil — mas aço e alumínio ficam de fora. 

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Confira aqui os detalhes dos acordos dos EUA com a Indonésia e as Filipinas.

EUA taxam o BRASIL e o MUNDO. AFINAL o que está em JOGO na GUERRA COMERCIAL de TRUMP?

Os acordos estão saindo, mas só Trump está satisfeito

Embora a bolsa esteja renovando recordes, os acordos recentemente anunciados por Trump parecem estar agradando apenas o presidente norte-americano. 

Mais cedo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a União Europeia trabalhará com o Japão "para combater a coerção econômica e abordar práticas comerciais desleais". 

Horas depois, Trump, afirmou que sempre cede pontos tarifários em negociações "se conseguir que grandes países abram seus mercados para os EUA". 

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O republicano reforçou que só reduzirá tarifas "se um país concordar em abrir seu mercado". Caso contrário, os EUA devem anunciar "tarifas muito maiores".

China, o outro acordo que todo mundo está de olho

Se no Brasil, a expectativa é por algum acordo que reduza as tarifas de 50% que devem entrar em vigor em 1 de agosto, o mundo ainda segue à espera de um entendimento entre os EUA e a China

As duas maiores economias do mundo se preparam para mais uma rodada de negociações, que deve acontecer no início da próxima semana.

"É bom que ambos os países queiram se reunir na Suécia para buscar consenso", escreveu. "As negociações abordam principalmente a relação entre os EUA e a China, mas também são de grande importância para o comércio e a economia globais", disse o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, em um post ontem (22) no X.

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Na ocasião, o secretário do Tesouro norte-americano defendeu que o comércio com a China está "em um bom lugar" e que se reunirá com seus homólogos chineses na segunda e na terça-feira da próxima semana, em Estocolmo

"Avançamos para um novo patamar nas negociações com a China, mas queremos que eles se abram", defendeu Bessent, ao citar que também espera que os chineses "reduzam o excesso de produção".

Ele disse ainda que, dentre os tópicos a serem discutidos com a China, está a relação da potência asiática com a Rússia e acrescentou: "será muito importante que os europeus acompanhem os EUA em tarifas secundárias à Rússia. Haverá negociações difíceis com o G7 sobre a Rússia".

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