A última semana foi recheada de indicadores e eventos importantes no Brasil e no exterior, com investidores acompanhando de perto os sinais sobre inflação e atividade econômica.
No cenário doméstico, o destaque foi a divulgação do IPCA-15 de setembro, que avançou 0,48%, ligeiramente abaixo das expectativas e interrompendo a queda registrada em agosto.
Já nos Estados Unidos, os holofotes dos mercados estavam sobre a publicação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que superou as projeções ao crescer 3,8% em termos anualizados.
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Além disso, os investidores também acompanharam atentamente a divulgação do PCE nos EUA. O indicador de inflação é considerado o preferido do Federal Reserve e registrou alta de 0,3% no mês, em linha com as estimativas.
Em meio à agitação dos mercados, o Ibovespa encerrou a sessão de sexta-feira (26) em alta de 0,10%, aos 145.447. Porém, não foi o suficiente para fazer a semana fechar no azul: o principal índice da B3 acumulou uma leve queda de 0,29% nos últimos dias.
Já o dólar à vista registrou baixa de 0,49% no pregão de sexta-feira (26), aos R$ 5,33. Ainda assim, a moeda norte-americana acumulou alta de 0,34% na semana.
As maiores altas do Ibovespa
Entre os principais destaques da ponta positiva do Ibovespa, o Pão de Açúcar (PCAR3) foi quem liderou os ganhos da semana, com alta de 5,58%.
Apesar do avanço, a companhia vem enfrentando disputas judiciais envolvendo seu antigo controlador, o Assaí (ASAI3), que busca se proteger de possíveis cobranças tributárias herdadas do grupo. O Seu Dinheiro contou essa história aqui.
Em seguida, a medalha de prata das maiores altas do principal índice da B3 foi para a Embraer (EMBR3), que registrou uma valorização de 5,28% na semana.
Já o terceiro lugar ficou na conta da Rumo (RAIL3), que avançou 4,24%, recuperando parte do valor perdido após o descarrilamento de 14 vagões de milho em Araraquara (SP), ocorrido na última quinta-feira (25).
Confira os principais destaques positivos do Ibovespa:
Nome | TICKER | Cotação | R$ |
---|---|---|---|
Pão de Açúcar | PCAR3 | 5,58% | R$ 4,33 |
Embraer | EMBR3 | 5,28% | R$ 80,66 |
Rumo | RAIL3 | 4,24% | R$ 15,23 |
Petrobras | PETR3 | 3,86% | R$ 35,00 |
Petrobras | PETR4 | 3,83% | R$ 32,26 |
Prio | PRIO3 | 3,10% | R$ 39,01 |
Fonte: Investing.com
A ponta negativa da bolsa brasileira
Já entre os destaques negativos do Ibovespa, quem ficou em destaque foi a Raízen (RAIZ4), que despencou 20,16% na semana.
Os papéis da empresa foram impactados pelo anúncio de uma injeção de capital de até R$ 10 bilhões na controladora Cosan (CSAN3), realizada por sócios como o BTG Pactual e o próprio fundador Rubens Ometto.
Embora a operação tenha como objetivo fortalecer a holding, a administração informou que nem um centavo da injeção de dinheiro bilionária na Cosan será usado para ajudar no processo de desalavancagem da Raízen. O Seu Dinheiro deu detalhes do impacto nas ações aqui.
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Já a segunda maior queda da semana foi registrada pela Braskem (BRKM5), que caiu 17,41% após comunicar a contratação de assessores financeiros e jurídicos para revisar sua estrutura de capital. O anúncio levantou temor de recuperação judicial entre os investidores.
Em seguida, o terceiro pior desempenho da bolsa veio da Cosan (CSAN3), que recuou 17,33%. A forte baixa refletiu o anúncio do já citado aumento de capital. A operação trouxe incertezas para o mercado sobre a alocação de recursos e a saúde financeira do grupo.
Confira os principais destaques negativos do Ibovespa:
Nome | TICKER | Cotação | R$ |
---|---|---|---|
Raízen | RAIZ4 | -20,90% | R$ 1,04 |
Braskem | BRKM5 | -17,41% | R$ 7,03 |
Cosan | CSAN3 | -17,33% | R$ 6,19 |
Assaí | ASAI3 | -7,61% | R$ 9,32 |
MRV | MRVE3 | -7,47% | R$ 7,27 |
Fonte: Investing.com
*Com informações da Agência TradeMap.