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Natura (NATU3) no topo e Braskem (BRKM5) na baixa: o que movimentou o Ibovespa na semana

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Em semana de Super Quarta, as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos dominaram as agendas, com repercussão nas ações brasileiras. O Ibovespa encerrou a semana em alta de 2,53%, aos 145.865,11 pontos, repercutindo a decisão de corte de juros nos EUA, já que no Brasil a Selic se manteve em 15% ao ano.

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Pela quinta vez em sete pregões, o Ibovespa renovou sua máxima histórica ao longo da semana, que agora é de 146.398,76 pontos. A alta de 2,53% foi a melhor em cinco semanas — e a explicação vem da terra de Donald Trump.

O Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) cortou os juros em 25 pontos-base e sinalizou mais dois cortes neste ano. A notícia é boa para o principal índice de ações da B3. Segundo a XP, o histórico mostra que as ações brasileiras tendem a superar seus pares globais em ciclos de afrouxamento do Fed.

Já para o dólar, a notícia é bem ruim. Juros menores tendem a enfraquecer a moeda frente a pares globais, principalmente emergentes. O dólar fechou a sexta-feira (19) avaliado em R$ 5,32, com queda de 0,62% ante o real na semana. No ano, a desvalorização chega a -13,90%.

Para a próxima semana, o calendário de indicadores está cheio. A divulgação mais importante no Brasil é a ata do Copom, que deve dar mais detalhes sobre o tom duro do comitê na decisão de juros da última semana. Além disso, na quinta-feira (25) tem divulgação do IPCA-15 de setembro.

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Nos EUA, o destaque fica para a inflação ao consumidor (PCE) de agosto, e há também dados de atividade de manufatura e serviços. Deve ainda ficar no radar dos investidores a abertura da Assembleia Geral da ONU, com participação de Donald Trump e do presidente Lula.

Ajudinha do Fed

Os ativos brasileiros se beneficiaram da decisão de corte dos juros do Fed. O banco central norte-americano reduziu a taxa de juros em 25 pontos-base, em linha com as expectativas. Entretanto, a sinalização de mais dois cortes em 2025 gerou um ponto alto de otimismo.

Segundo a XP, as ações brasileiras superam a renda fixa local e as ações globais em ciclos de cortes de juros pelo Fed. A alta histórica é de 32% em reais e 41% em dólar.

Em paralelo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a Selic em 15,00%, também em linha com o esperado. Neste caso, o que chamou a atenção foi o comunicado de tom duro, transmitindo a ideia de que o juro no Brasil não diminuirá tão rápido.

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Nesse contexto global e doméstico, o setor de destaque no Ibovespa, que teve um desempenho superior na última semana, foi o de empresas cíclicas: educação +6,2% e varejo +4,8%.

Maiores tombos do Ibovespa

Na ponta negativa, Braskem (BRKM5) e Marfrig (MRFG3) foram destaques entre as maiores quedas da semana, com perdas de 4,7% e 3%, respectivamente.

O desempenho negativo da Marfrig foi um “recuo técnico”, segundo analistas, diante da conclusão da fusão com a BRF (BRFS3). Os papéis da nova empresa, MBRF (MBRF3), passarão a ser negociados sob o novo código a partir de 23 de setembro, terça-feira.

Já a Braskem está atravessando uma turbulência que parece não ter fim. Nesta semana, a S&P Global cortou a nota de crédito da empresa e manteve a perspectiva negativa. “Esperamos uma alavancagem muito alta e flexibilidade financeira reduzida que, em nossa opinião, não são mais compatíveis com uma classificação ‘BB-’”, diz a S&P. A nota foi para B+.

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A repórter do Seu Dinheiro, Camille Lima, conta toda a história da Braskem nesta reportagem especial, confira.

Empresa Código Variação semanal  
Braskem BRKM5 -4,7% 
Vibra VBBR3 -3,1% 
Banco do Brasil BBAS3 -3,1% 
Marfrig MRFG3 -3,0% 
Hapvida HAPV3 -2,9% 
Fechamento em 19/09/2025.
Fontes: Broadcast e XP.

Maiores altas do Ibovespa

O destaque positivo da semana no Ibovespa ficou com a Natura (NATU3), que viu suas ações saltarem 12,6%.

O impulso veio do anúncio da venda da Avon International pelo valor simbólico de 1 libra. Mas calma, esse valor poderá aumentar, a depender do desempenho futuro da companhia.

O mercado ficou em polvorosa com a notícia, pois a transação alivia a preocupação dos investidores sobre a capacidade da Natura de se livrar desse ativo deficitário, que vinha prejudicando as operações.

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Empresa Código Variação semanal  
Magazine Luiza MGLU3 12,8% 
Natura NATU3 12,6% 
Eletrobras ELET3 9,2% 
Eletrobras ELET6 9,1% 
Cogna COGN3 8,2% 
Fechamento em 19/09/2025.
Fontes: Broadcast e XP.

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