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DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos

Gráfico e casa representando a queda de ativos imobiliários

A alta da taxa de juros costuma impulsionar os fundos imobiliários de papel — ou seja, aqueles que investem seus recursos em títulos de renda fixa do setor imobiliário. Porém, não é o que vem acontecendo com o Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11).

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O FII amanheceu em forte queda, de 7,19%, cotado a R$ 28,83, nesta sexta-feira (8). No decorrer da manhã, reduziu as perdas para 5,89%. Já no acumulado do mês, o DEVA11 apresenta uma queda de 13,83%.

O mau humor dos investidores com o ativo vem na esteira da divulgação de uma redução dos dividendos que serão pagos em agosto.

Nos últimos seis meses, o fundo vinha distribuindo proventos na faixa dos R$ 0,41 a R$ 0,46 por cota. Segundo Carol Borges, head e analista de FIIs da EQI Research, esse patamar era considerado relativamente estável.

Porém, na noite de ontem (7), o DEVA11 publicou ao mercado o pagamento de R$ 0,34 por cota em agosto, o que representa uma queda de 25%. O valor cairá na conta dos cotistas na próxima quinta-feira (14).

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Cadê o dividendo que estava aqui?

Em junho, o fundo imobiliário já havia comunicado aos investidores um impacto negativo na distribuição de proventos

Segundo relatório gerencial divulgado na época, o menor nível de inflação (IPCA) pesou na conta, gerando um resultado de R$ 6,19 milhões, que equivale a aproximadamente R$ 0,44 por cota.

Vale lembrar que a inflação voltou a recuar neste mês. Porém, o DEVA11 ainda não publicou o relatório gerencial de julho, o que leva os investidores a questionarem o que teria levado a uma queda tão expressiva, segundo a analista da EQI Research.

“Tem a contribuição da queda da inflação [para a redução dos dividendos], mas não vejo como suficiente para derrubar tanto o patamar de distribuição”, avalia Borges.

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Dor de cabeça atrás de dor de cabeça: é hora de vender o DEVA11?

Os problemas do DEVA11 começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) do portfólio, lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks (GPK).

Na época, o grupo de turismo, hotelaria e multipropriedades havia entrado em recuperação judicial.

Desde então, o FII vem enfrentando o aumento da inadimplência, obras paradas e queda na liquidez. Segundo o relatório gerencial de junho, apenas 30% da carteira de CRIs do DEVA11 estão em dia. Outros 50,5% estão em carência de juros e 8,8%, inadimplentes.

A EQI Research recomenda a venda do fundo imobiliário desde 2023. Já no fim do mês anterior, o Santander também indicou que é hora de tirar o ativo da carteira.

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