A Suzano (SUZB3) anunciou que pretende fazer uma captação de R$ 5,9 bilhões com uma emissão de debêntures — títulos de dívida emitidos por empresas.
Desse total, a gigante de papel e celulose vai emitir R$ 900 milhões em debêntures incentivadas, que contam com isenção de imposto de renda para o investidor. Para acessar o benefício, a empresa precisa destinar os recursos para projetos de investimento em infraestrutura.
A Suzano propôs uma taxa de juros ao investidor das debêntures isentas equivalente à do título público corrigido pelo IPCA (NTN-B).
Mas como não há prêmio, o ganho para o investidor em relação aos papéis do governo virá apenas da isenção do IR. Lembrando que a taxa final das debêntures pode inclusive ser menor dependendo da demanda do mercado.
Os outros R$ 5 bilhões não vão se enquadrar na regra que permite o benefício fiscal, já que a Suzano pretende usar o dinheiro para refinanciar dívidas anteriores.
Veja a seguir as condições das debêntures da Suzano:
Primeira série (sem benefício fiscal):
- Valor: R$ 1 bilhão
- Vencimento: 8 anos
- Rendimento: CDI + 0,80% ao ano
Segunda série (sem benefício fiscal):
- Valor: R$ 4 bilhões
- Vencimento: 10 anos
- Rendimento: CDI + 1% ao ano
Terceira série (com isenção de IR)
- Valor: R$ 900 milhões
- Rendimento: equivalente à taxa da NTN-B (título atrelado à inflação) com vencimento em 2035
- Prazo de vencimento: 12 anos
Por fim, vale destacar que o anúncio da emissão acontece após uma verdadeira turbulência que a Suzano sofreu na B3, após a notícia de que a companhia faria uma oferta pela International Paper.