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Investimentos dos brasileiros em LCI, LCA e outros títulos isentos de IR ultrapassam R$ 1 trilhão, enquanto apetite pela bolsa cai

Investimentos, crédito privado

As mudanças nas regras que buscaram restringir quem pode emitir títulos isentos de impostos de renda como as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) não impediu que essa classe continuasse atraindo a atenção (e o dinheiro) dos investidores brasileiros.

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De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulgados nesta terça-feira (13), o investimento de pessoas físicas em produtos isentos cresceu 7,3% no primeiro semestre, na comparação com o seis meses encerrados em dezembro de 2023.

Ademir Correa Júnior, presidente do Fórum de Distribuição da Anbima, relembra que uma das principais mudanças foi a amplicação no prazo mínimo para emissão de LCI e LCA, mas isso não impediu o crescimento dos produtos.

"O alongamento reduziu a atratividade do título, principalmente para quem investia pensando em liquidez. Mas a demanda por isentos, que já vinha forte no ano passado, continua", afirmou ele em coletiva realizada hoje.

Puxado especialmente pelo alto apetite dos investidores de varejo, o aporte nos títulos livres de IR — que, além da LCI e da LCA, inclui também as LIGs, CRIs, CRAs e debêntures incentivadas — somou R$ 1,1 trilhão até junho deste ano.

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Outras classes também apresentaram crescimento, com destaque para o Certificado de Depósito Bancário (CDB), que registrou alta de 13,1% e já representa 31,2% dos investimentos em títulos e valores mobiliários.

As ações, por outro lado, foram a única categoria a recuar no período. Com a seca de ofertas iniciais, ou IPOs, e o Ibovespa tombando mais de 7% no primeiro semestre, o investimento nos papéis da bolsa caiu 1,5%.

Investimentos em LCA e fundos de renda fixa são os destaques do semestre

De volta aos títulos isentos, a LCA foi o grande destaque do semestre com R$ 433,5 bilhões em investimentos, alta de 3,6%. O tamanho do avanço foi o mesmo para a LCI, que acumulou R$ 332,6 bilhões.

A maior alta foi registrada pelo Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), cujos investimentos cresceram 25,5% no semestre, para R$ 78,7 bilhões.

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Na categoria de fundos de investimento, a renda fixa também chama a atenção. De acordo com Correa Júnior, os fundos do tipo despostaram como uma alternativa após as mudanças nas regras de LCI, LCA, CRI e CRA e avançaram 20,9% no semestre, acumulando quase R$ 700 bilhões em aportes.

Já os fundos multimercados caíram, assim como os cambiais e de ações, enquanto os maiores avanço percentual foram registrados pelos ETFs, também conhecidos como fundos de índice, FIPs e fundos imobiliários (FIIs). Confira abaixo:

Fonte: Anbima
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