O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou nesta quarta-feira (4) que a indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central será votada no plenário da Casa em 8 de outubro. O anúncio coloca fim à indefinição sobre quando a indicação feita pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, seria comprovada pelos senadores.
Pacheco também estipulou um “prazo” para que o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), marque uma data para a sabatina de Galípolo no colegiado.
"Gostaria de comunicar que estamos encaminhando pela presidência a mensagem à CAE. Ficará a cargo do senador Vanderlan (Cardoso) a definição dos dados da sabatina, compartilhando com os membros da CAE os melhores dados. Da parte da presidência, fica definida a data para apreciação do plenário, no dia 8 de outubro", anunciou o presidente do Senado na abertura da sessão desta quarta-feira.
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Segundo Pacheco, diante da proximidade das eleições municipais, “há uma dificuldade de reunirmos um melhor quórum no plenário” ainda em setembro. Por isso, decidi postergar uma análise para logo após as eleições.
“Caberá ao presidente da CAE definir, até estes dados, a realização da sabatina na comissão, anunciando os dados oportunamente. O que cabe à presidência é a definição dos dados para o plenário”, completou o senador.
Quem é Gabriel Galípolo?
Gabriel Galípolo é um economista brasileiro conhecido por sua experiência tanto no setor público quanto no privado.
Formado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ele também possui mestrado em Economia Política pela mesma instituição.
Galípolo construiu carreira no mercado financeiro e em consultorias econômicas, destacando-se como CEO do Banco Fator, onde atuou entre 2017 e 2021.
Ele também é autor de livros e artigos que discutem a economia brasileira, com foco em políticas de desenvolvimento e infraestrutura.
Em 2023, foi convidado para assumir a Secretaria-Executiva do Ministério da Fazenda no governo Lula, sendo considerado uma figura de confiança de Haddad.
Como secretário-executivo, Galípolo foi um dos responsáveis por ajudar na formulação de políticas econômicas e na comunicação de estratégias do governo para o mercado financeiro e a sociedade.
Sua indicação para a presidência do Banco Central é vista por parte do mercado como um movimento estratégico do governo para alinhar as políticas monetária e fiscal, buscando um equilíbrio entre controle da inflação e estímulo ao crescimento econômico.
*Com informações do Estadão Conteúdo