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Eleições 2024: Datena oficializa candidatura, escolhe vice e frustra planos de Tabata Amaral — que também confirma que vai concorrer, mas ainda sem companheiro de chapa

Fotografia do jornalista e apresentador Datena, um homem de cabelos grisalhos usando terno cinza

O ex-senador e presidente municipal do PSDB, José Aníbal, será o candidato a vice à Prefeitura de São Paulo na chapa liderada pelo jornalista José Luiz Datena, que não só confirmou a canditadura como escolheu o companheiro para o pleito.

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O anúncio foi realizado no último sábado (27) durante a convenção que homologou a candidatura de Datena pela federação composta por PSDB e Cidadania.

Aníbal já era o favorito a ser indicado. Em uma na disputa contra Mário Covas Neto, o Zuzinha. "Desculpe Zuzinha, mas estou aqui para anunciar o José Aníbal como meu vice", disse.

Aníbal, em seu pronunciamento, destacou a força popular de Datena. "Nenhum dos candidatos que estão aí têm a expressão popular que ele tem", declarou.

Também presente ao encontro, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, buscou indicar que não teme uma desistência de Datena à candidatura, declarando que a abordagem do tema indicaria "desespero" dos adversários.

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O jornalista já desistiu de concorrer em outras quatro eleições passadas: duas municipais e duas para o Senado Federal.

Anteriormente, o apresentador havia sido apresentado como companheiro de chapa de sua agora adversária Tabata Amaral (PSB). "Eles estão desesperados, até ontem não acreditaram que o Datena seria candidato", disse.

Tabata Amaral também confirma candidatura para as eleições 2024...

Por falar nela, o PSB também oficializou ontem a candidatura da deputada federal à Prefeitura de São Paulo. Mas a escolha do candidato a vice-prefeito foi adiada e será definida pela Executiva do partido.

A expectativa é de que o nome escolhido seja do próprio PSB, embora uma aliança de última hora com o PSDB também não esteja descartada.

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A convenção do PSB, realizada na quadra da escola de samba Rosas de Ouro, na zona norte, contou com a presença de lideranças nacionais do partido.

Entre os presentes estavam o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o prefeito de Recife, João Campos, que é namorado de Tabata.

O encontro também aprovou a chapa de vereadores do PSB, que vai lançar 56 candidatos à Câmara Municipal.

Mas vice fica em aberto

Como a convenção do PSB ocorreu simultaneamente à do PSDB, a confirmação de Datena na disputa frustra os planos de Tabata, que esperava contar com o apoio dos tucanos.

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Com o PSDB ao seu lado, ela não só teria mais tempo de propaganda em rádio e TV, como também a expertise de uma sigla que já governou a maior cidade do País.

Embora a candidatura de Datena tenha sido homologada, ainda não é certo que o apresentador estará nas urnas nas eleições de outubro.

O ex-presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, está tentando barrar a candidatura de Datena por meio de uma ação judicial. Além disso, o próprio jornalista tem o histórico de desistências já citado.

Caso a candidatura de Datena se confirme até o dia 15 de agosto, último dia para o registro de candidatos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tabata terá que escolher um nome do próprio partido como vice.

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Entre os cotados estão Lu Alckmin, esposa de Geraldo Alckmin, e Lúcia França, esposa de Márcio França. Alckmin e França são os principais fiadores da candidatura da deputada.

Se, por algum motivo, a candidatura de Datena não for confirmada, ainda existe a possibilidade de uma composição com o PSDB, com o presidente municipal da legenda, José Aníbal, ou o presidente da federação PSDB-Cidadania, Mário Covas Neto, assumindo a vice do PSB.

Esse cenário, porém, é considerado pouco provável pelo entorno de Tabata, que já vêem uma chapa puro-sangue como a realidade mais plausível.

Terceira via nas eleições?

Embora rejeite o rótulo de "terceira via", Tabata busca se posicionar como alternativa aos nomes do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e do prefeito Ricardo Nunes (MDB), apoiados, respectivamente, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Sua estratégia é frequentemente comparada à da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), terceira colocada nas eleições de 2022.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, a pessebista afirmou ser a única candidata à Prefeitura capaz de dialogar tanto com o governo federal quanto com o governo estadual.

"Sou a única que pode governar com Lula e com Tarcísio", destacou. A deputada utiliza seu bom relacionamento com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com o presidente Lula como um trunfo eleitoral.

Apesar de evitar críticas ao governo federal, Tabata tem sido dura com Boulos, candidato apoiado pelo Palácio do Planalto.

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No primeiro trimestre, ela criticou o candidato do PSOL por ignorá-la em uma publicação nas redes sociais sobre uma pesquisa eleitoral. Além disso, afirmou que tanto Nunes quanto Boulos a procuraram para propor algum tipo de acordo para a disputa pelo comando da capital.

Na última pesquisa Datafolha, publicada em 5 de julho, Tabata aparece com 7% das intenções de voto, empatada tecnicamente em terceiro lugar com Datena, que tem 11%, e Pablo Marçal (PRTB), que tem 10%.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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