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Bezos não quer Trump e nem Kamala: a decisão de um dos maiores jornais dos EUA de não apoiar um candidato passou pelo bilionário?

Jeff Bezos, fundador da Amazon

Jeff Bezos, fundador da Amazon

Enquanto o mundo discute se Kamala Harris ou Donald Trump ganhará a eleição presidencial nos Estados Unidos, o The Washington Post, um dos principais jornais americanos, anunciou que vai se manter neutro e não apoiará nenhum candidato este ano.

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Em um editorial publicado nesta sexta-feira (25) pelo CEO do Washington Post, William Lewis, o jornal anunciou que está “retornando às raízes” e não irá endossar nenhuma campanha presidencial em 2024, “nem em nenhuma eleição presidencial futura”. 

"Nosso trabalho no The Washington Post é fornecer, por meio da redação, notícias imparciais para todos os americanos, além de opiniões instigantes e relatadas por nossa equipe para ajudar nossos leitores a formarem suas próprias opiniões", afirma o editorial.

É a primeira vez que o jornal não apoia um candidato em eleições em 36 anos. O último posicionamento neutro do Post aconteceu em 1988 — na disputa entre George Bush e Michael Dukakis. Antes disso, o Washington Post vinha apoiando democratas desde 1976.

Bezos anulou apoio à Kamala, dizem colunistas

Apesar do posicionamento neutro, tudo indica que a publicação estava pronta para divulgar seu apoio à candidatura da democrata Kamala Harris, segundo colunistas do próprio jornal.

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Em outro texto publicado nesta tarde, Manuel Roig-Franzia e Laura Wagner afirmaram que membros da redação haviam redigido um editorial apoiando Harris nas eleições de 5 de novembro. No entanto, o dono do jornal pediu para que o editorial não fosse publicado.

Vale lembrar que, desde 2013, a divisão de jornais do Washington Post pertence ao bilionário Jeff Bezos, fundador da Amazon e um dos homens mais ricos do mundo. 

A falta de posicionamento do Washington Post foi criticada, inclusive por ex-editores do jornal. Marty Baron chamou a decisão de “covardia, com a democracia como vítima”.

‘Post’ não é o único

Além do ‘Post’, outro jornal de grande circulação nos Estados Unidos adotou decisão semelhante. O Los Angeles Times, da Califórnia, não anunciou nenhum apoio nestas eleições, diferente da tradição do veículo de apoiar candidatos democratas desde 2008. 

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Nesta semana, Mariel Garza, a chefe do conselho editorial do Los Angeles Times, renunciou depois que o proprietário, o bilionário Patrick Soon-Shiong, proibiu a publicação de declarar apoio a Kamala. Ele comprou o veículo em 2018 por US$ 500 milhões.

Outros jornais apoiam candidatos

Enquanto isso, outros veículos nos Estados Unidos decidiram declarar apoio a candidatos. O New York Times, um dos maiores jornais do país, anunciou predileção por Kamala Harris. 

Em editorial publicado no mês passado, o jornal disse que é “difícil imaginar um candidato que menos merece ser presidente dos Estados Unidos do que Donald Trump”. 

A revista The New Yorker também endossa a campanha da democrata. Segundo a publicação, Kamala demonstrou "os valores básicos e a habilidade política que a possibilitam encerrar de uma vez por todas a era venenosa" de Donald Trump.

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Nesta sexta-feira (25), o jornal conservador The New York Post anunciou apoio à campanha do ex-presidente na eleição presidencial deste ano. 

No texto assinado pelo conselho editorial, o jornal disse que Trump é a melhor opção para presidir o país pelos próximos quatro anos, citando o desempenho da economia americana no primeiro mandato.

*Com informações da CNBC e g1

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