Na última sexta-feira (12), o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que “Israel precisa ser punido e será”, após um suposto ataque de Israel à embaixada de seu país em Damasco no dia 1 de abril.
Assim, o mundo esperava que um ataque acontecesse nas 48h seguintes ao anúncio. Aparentemente, um primeiro passo foi dado.
Isso porque o comando da Guarda Revolucionária, uma força paramilitar do Irã, usou um helicóptero para capturar um navio ligado a Israel perto do Estreito de Ormuz neste sábado.
O alvo foi identificado como o navio MSC, de bandeira portuguesa, associado à Zodiac Maritime, empresa sediada em Londres integrante do Zodiac Group, do bilionário israelense Eyal Ofer.
As informações são do Financial Times e do Dow Jones Newswires. Segundo fontes, as autoridades iranianas informaram que a retaliação será “calibrada” para evitar uma escalada dos conflitos regionais.
A espera por uma resposta do Irã já criou uma sensação de ansiedade na população de Israel, com o governo alertando os cidadãos para não acumular geradores e suprimentos.
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Irã eleva tom — e mercados sentem
Os mercados na última sexta-feira (12) refletiram a gravidade da situação geopolítica.
O petróleo tipo Brent — usado como referência internacional — já chegou a US$ 92 o barril, uma cotação mais elevada do que os US$ 86 do dia seguinte ao início da guerra entre Israel e o Hamas.
Por sua vez, o ouro renovou recordes sucessivos; o dólar, disparou — por aqui, a moeda norte-americana já encostou em R$ 5,14 e pode subir ainda mais — e os yields dos Treasurys renovam mínimas.
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