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Como Daniel Kahneman revolucionou os estudos econômicos, mostrou que economia não é só pragmática — e que seu comportamento mexe com ela

Daniel Kahneman, psicólogo que levou um prêmio Nobel de ciência econômica em 2002.

Daniel Kahneman, psicólogo que levou um prêmio Nobel de ciência econômica em 2002.

Ser pioneiro em qualquer área é um grande feito, mas desbravar um tema sem ter passado por qualquer educação formal na área é para poucos. Assim foi com Daniel Kahneman, que nunca fez um curso formal de Economia e, mesmo assim, levou um prêmio Nobel de ciência econômica em 2002. 

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O “não-economista” morreu nesta quarta-feira (27), aos 90 anos e o óbito foi confirmado pela esposa, Barbara Tversky. 

Apesar de não ser da área econômica, Kahneman já tinha formação em psicologia e ao longo da vida resolveu unir ambos os setores.

O avanço dos estudos de Kahneman deu origem ao que chamamos hoje de economia comportamental, ciência que estuda a relação de vieses cognitivos, investimentos — e até mesmo esportes.

Juntamente com Amos Tversky, psicólogo cognitivo e ex-marido de Barbara, fizeram um trabalho considerado inovador sobre o julgamento humano e a tomada de decisões. 

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O que diz a economia comportamental de Kahneman 

Ao contrário da economia tradicional, que assume que os seres humanos geralmente agem de maneira totalmente racional e que quaisquer exceções tendem a desaparecer à medida que as apostas são levantadas, a escola comportamental é baseada na exposição de vieses mentais enraizados que podem distorcer o julgamento, muitas vezes com resultados contra-intuitivos.

Kahneman ficou conhecido por elucidar alguns desses vieses universais do cérebro humano, como a aversão à perda, um conceito que demonstra como tendemos a sentir mais fortemente a dor de perder do que o prazer de ganhar.

Esse insight teve implicações vastas, desde a gestão de portfólios de ações até a psicologia do esporte. Steven Pinker, psicólogo e professor de Harvard, escreveu sobre o trabalho de Kahneman, afirmando que a razão humana tende a cair em falácias e sensos comuns. 

“Se quisermos tomar as melhores decisões”, diz, “devemos estar cientes desses preconceitos e buscar soluções alternativas. Essa é uma descoberta poderosa importante”.

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Histórico e vida

A linha do tempo da vida de Daniel Kahneman destaca seus marcos mais significativos e contribuições para a psicologia e economia comportamental.

Seguem alguns dos principais eventos de sua vida:

*Este texto contou com a ajuda de ferramentas de Inteligência Artificial (IA)

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