Não basta para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, vencer a eleição com uma maioria esmagadora — poucos dias após consolidar mais seis anos no Kremlin, Moscou realizou o maior ataque com mísseis contra a Ucrânia em semanas.
Kiev, a capital ucraniana, ficou sob alerta de ataque aéreo por quase três horas na manhã desta quinta-feira (21).
“Kiev não sofre um ataque tão poderoso desde a primavera”, disse Serhiy Popko, chefe da administração militar regional de Kiev, no Telegram. “O inimigo lançou um ataque massivo e combinado usando drones e mísseis.”
Segundo Popko, mais de 20 mísseis e drones russos foram destruídos pelas forças de defesa aérea, e os destroços que caíram causaram danos a propriedades e edifícios na cidade. “Infelizmente, pessoas morreram”, disse ele, sem fornecer mais detalhes.
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Vingança de Putin?
O ataque massivo pode ter sido uma vingança de Putin por conta das eleições presidenciais russas, realizadas no final de semana.
O chefe Kremlin acusou a Ucrânia de lançar ataques para perturbar o pleito que daria a Putin o título da autoridade russa com mais tempo no poder em 200 anos na Rússia. Na ocasião, ele disse que Kiev seria punida por isso.
No início da manhã de hoje, autoridades locais ucranianas relataram explosões na capital, com um jardim de infância, edifícios residenciais e unidades industriais danificados. Fragmentos de mísseis caindo incendiaram carros em um distrito.
Também foi relatado um incêndio em uma subestação transformadora e em um prédio não residencial de dois andares no distrito de Podilskyi, como resultado da queda de destroços de mísseis.
O saldo da fúria russa
A Rússia, que nega ter como alvo civis, invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 e lançou milhares de mísseis e drones contra cidades e aldeias ucranianas em ataques que mataram centenas de civis.
Os militares ucranianos disseram que a Rússia lançou mais de 8.000 mísseis contra a Ucrânia nos primeiros dois anos da guerra.
Sirenes de ataque aéreo, que alertam os ucranianos para se abrigarem, soaram na capital mais de 1.020 vezes desde o início do conflito, ainda de acordo com os militares ucranianos.
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*Com informações da Reuters e da CNBC