A Ucrânia vai perder a guerra. Esse foi o alerta que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez nesta segunda-feira (8) sobre o desfecho do conflito com a Rússia. O aviso está sendo considerado o mais severo desde o início dos confrontos, há mais de dois anos.
E há motivos para isso: a falta de aprovação de ajuda militar pelo Congresso dos EUA.
“É importante abordar especificamente o Congresso: se o Congresso não ajudar a Ucrânia, a Ucrânia perderá a guerra”, disse Zelensky. “Se a Ucrânia perder esta guerra, outros países serão atacados. Isso é um fato”, acrescentou.
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A ajuda dos EUA na guerra
O aviso de Zelensky ocorre em um momento no qual o Congresso norte-americano se recusa há meses a aprovar um pacote de ajuda à Ucrânia.
Sem a ajuda dos EUA, Kiev luta contra a escassez de mão de obra e munições, enquanto uma Rússia encorajada ataca as cidades ucranianas com mísseis e testa brechas ucranianas.
O Senado dos EUA aprovou um projeto de lei de ajuda externa de US$ 95,3 bilhões com assistência à Ucrânia e a Israel em fevereiro, mas o presidente da Câmara, Mike Johnson, até agora se recusou a realizar uma votação sobre a aprovação do pacote para a Ucrânia.
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Ucrânia resiste, mas até quando?
Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, o plano era tomar Kiev em dias e o resto do país em semanas.
No que se revelou um erro de cálculo desastroso para Moscou, a Ucrânia repeliu o ataque inicial à capital e, mais tarde em 2022, recuperou alguns dos territórios invadidos pela Rússia.
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Desde então, as linhas de frente têm permanecido em grande parte estáticas, com a Rússia continuando a ocupar cerca de um quinto do território da Ucrânia.
Apesar do otimismo de que a Ucrânia poderia recuperar mais dos territórios ocupados, a contra-ofensiva de 2023 não conseguiu perfurar significativamente as defesas da Rússia.
Na época, o então comandante-em-chefe da Ucrânia admitiu que a guerra tinha entrado num “impasse”.
Desde o início deste ano, a Rússia — desfrutando de uma enorme vantagem em mão de obra e tecnologia — tem tentado tomar a iniciativa, bombardeando as cidades da Ucrânia com mísseis e forçando a Ucrânia a recuar.
*Com informações da CNN Internacional