Não é de hoje que comentamos aqui no Seu Dinheiro que, no início de 2024, o cenário que o mercado esperava para investimentos ligados a juros, bolsa e dólar neste ano era bem distinto do que vemos agora.
Se na virada de 2023 para 2024, investidores globais esperavam que o Federal Reserve, banco central americano, cortasse a taxa de juros três vezes neste ano a partir de março, a inflação resiliente nos Estados Unidos e os dados econômicos fortes levaram o mercado a adiar a perspectiva de início dos cortes e a quantidade de reduções de juros esperada.
Agora, trabalha-se com a possibilidade de apenas um ou dois cortes, começando em setembro ou mesmo em dezembro.
Com isso, vimos os juros futuros subirem em vez de caírem, como era o esperado, e o dólar disparar até tocar os R$ 5,30 nesta última semana, em vez de cair ou ficar parado, como o previsto.
Mesmo com os cortes da Selic, as remunerações de títulos prefixados e indexados à inflação voltaram a crescer, e o Ibovespa, cujas projeções eram de alta até o patamar de 140 mil pontos, até agora só decepcionou, revertendo totalmente o clima de euforia do fim do ano passado.
A taxa básica de juros, por sinal, não deve mais voltar à casa de um dígito, o que desanima não apenas o mercado financeiro, mas empresários e consumidores, de maneira geral.
- Empiricus Research libera relatórios semanais de renda fixa com recomendações de títulos que podem render acima da Selic. Cadastre-se gratuitamente para receber.
Com tanta quebra de expectativas, é o caso de mudar a rota da carteira de investimentos?
Para responder a esta pergunta, o podcast Touros e Ursos convidou, nesta semana, Martin Iglesias, especialista líder em investimentos do Itaú Unibanco.
Ele explicou as razões da tormenta nos mercados e traz duas recomendações de composição de carteira para lucrar, uma voltada para investidor mais conservador e outra para o mais arrojado.
A conversa na íntegra, com os touros e ursos da semana de cada um, você confere aqui ou no tocador abaixo: