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Dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4): acionistas batem o martelo para o pagamento de R$ 21,9 bilhões

Petrobras com fundo de dinheiro pegando fogo

Logo da Petrobras em montagem com dinheiro e fogo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia dado luz verde para a Petrobras (PETR4) avançar no pagamento de 50% dos dividendos extraordinários retidos no início de março e, nesta quinta-feira (25), foi a vez de os acionistas da petroleira aprovarem a proposta da União por maioria. 

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Com isso, a Petrobras deve distribuir metade dos R$ 43,9 bilhões — equivalente a R$ 21,9 bilhões — que tinham sido encaminhados para a reserva de remuneração. 

Os acionistas também aprovaram o pagamento da metade restante desse montante da reserva ao longo de 2024, com decisão a ser tomada até 31 de dezembro.

Segundo o representante da União na Assembleia Geral Ordinária de Acionistas da Petrobras (AGO), Ivo Timbó, o pagamento será feito em duas parcelas:

Dessa forma, os pagamentos extraordinários acontecerão nas mesmas datas dos dividendos ordinários relativos ao quarto trimestre de 2023.

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Cabe agora à administração da Petrobras a decisão sobre o formato de pagamento, por meio de dividendos ou por juros sobre capital próprio (JCP) — deve ser escolhida a que melhor se encaixar ao interesse tributário da estatal.

Logo após o anúncio da distribuição dos 50% dos proventos retidos, as ações da Petrobras entraram em leilão na B3. Por volta de 15h20, as ações PETR3 (ON) subiam 1,90%, cotadas a R$ 44,08, enquanto PETR4 (PN) avançava 1,89%, a R$ 42,01. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados.

A Petrobras informou ainda que a remuneração total aos acionistas referente ao exercício de 2023 somou R$ 94,35 bilhões, incluindo os R$ 21,9 bilhões em dividendos extraordinários, segundo a aprovação em assembleia de hoje.

Uma verdade dura sobre a ação da Petrobras (PETR4)

A queda de braço dos dividendos da Petrobras

A decisão de finalmente liberar o pagamento dos 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras agora acontece depois de uma queda de braço entre o governo e os acionistas da companhia.

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A estatal teve o segundo maior lucro da história no ano passado, alcançando R$ 124,6 bilhões, o que permitiria o pagamento de dividendos da ordem de R$ 43,9 bilhões caso 100% do montante fosse pago — o que colocou integrantes do conselho indicados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da estatal, Jean Paul Prates, em lados opostos.

Mas, na última sexta-feira (19), o conselho sinalizou que a estatal pretendia distribuir os 50% desses proventos por entender que não comprometeria a sustentabilidade financeira da empresa — só que a proposta ainda precisava ser votada na reunião de hoje.

Na reunião anterior à de sexta-feira, os representantes de governo se opuseram à medida e defenderam por 6 a 4 a retenção dos dividendos extraordinários.

A aprovação de hoje ocorreu também em meio a um processo de fritura do presidente da Petrobras. Lula, no entanto, decidiu manter Prates no comando da petroleira e o governo acabou acatando a proposta da diretoria.

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Outras aprovações do dia

Além do pagamento dos dividendos extraordinários, os acionistas da Petrobras também deram luz verde, também por maioria, para um Conselho de Administração composto por 11 membros.

Além disso, as contas e o relatório de administração sobre o exercício de 2023 foram aprovados por 81,08% dos votos, contra 0,18% de votos contrários e 18,7% de abstenções.

Conjuntamente foram aprovadas ainda as demonstrações financeiras da Petrobras, acompanhadas do relatório dos auditores independentes e do parecer do Conselho Fiscal referente ao mesmo período.

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