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SLC Agrícola (SLCE3) salta 8% e lidera ganhos do Ibovespa — e ação ainda pode disparar dois dígitos até o fim de 2024, segundo o Santander 

SLC Agrícola (SLCE3)

SLC Agrícola (SLCE3)

Enquanto o mercado apostava que os preços mais baixos da soja resultariam em retornos negativos para a SLC Agrícola (SLCE3), a última avaliação de terras da companhia trouxe uma nova maré de otimismo para os analistas.

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Principal produtora agrícola com ações negociadas na B3, a companhia anunciou na noite da última sexta-feira (28) que suas terras foram avaliadas em aproximadamente R$ 11,59 bilhões pela consultoria independente Deloitte.

A cifra representa um aumento de cerca de 6% frente aos R$ 10,93 bilhões da avaliação anterior. Se desconsiderados os ajustes no portfólio de terra devido ao distrato de uma área em 2024, a apreciação foi de 7%.

O desempenho acima do esperado deu sustentação à visão positiva do Santander para a SLC, que manteve a recomendação de “outperform” — equivalente a compra — para as ações.

Os analistas elevaram o preço-alvo de R$ 22 para R$ 27 para o fim de 2024, o que implica em uma valorização potencial de 54% em relação ao último fechamento.

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As ações SLCE3 lideraram os ganhos do Ibovespa no pregão desta segunda-feira (1). Os papéis fecharam em alta de 7,22%, cotados a R$ 18,71. No ano, os ativos acumulam uma tímida alta de 3,77%.

O que o Santander vê na SLC Agrícola (SLCE3)

Para o Santander, a SLC Agrícola (SLCE3) atualmente está sendo negociada com um desconto de 30% em relação ao seu banco de terras.

Isso porque o atual valor de mercado (market cap) da companhia, de R$ 7,7 bilhões, implica em uma avaliação de terras de R$ 6,7 bilhões, assumindo um valor econômico líquido gerado por áreas arrendadas de R$ 4 bilhões.

“Embora a SLC não deva monetizar suas terras, acreditamos que a avaliação da empresa deve considerar a avaliação de seus ativos, pois um locador gera valor por meio de contratos de arrendamento e avaliações de ativos”, afirmaram os analistas, em relatório.

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Na avaliação do banco, a companhia ainda se encontra com um bom problema: que o anúncio da avaliação de terras leve os investidores a questionar se os preços das terras podem crescer acima da inflação no longo prazo.

“Se os preços das terras crescessem 1,5 vez a inflação, como fizeram anteriormente, poderíamos ver um potencial de alta adicional de R$ 1,5 por ação”, projetam os analistas.

Vale destacar que a SLC superou os rendimentos médios de produtividade do Brasil em 70% de suas colheitas desde 2010.

A expectativa do Santander é que a empresa entregue um retorno de 7% sobre seu banco de terras completo (incluindo áreas próprias e arrendadas), contra um custo de arrendamento de 3,2%.

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Com isso, os analistas projetam que a SLC Agrícola consiga capturar 30% do valor econômico do banco de terras dos ativos arrendados.

“O crescimento da área arrendada deve elevar ainda mais o desconto, criando um balanço positivo de riscos.”

De olho nos riscos 

Na avaliação do Santander, existem 10 questões que podem impactar as projeções do banco para as ações da SLC Agrícola (SLCE3) — tanto para cima quanto para baixo.

Do lado negativo, os analistas elencaram cinco riscos capazes de pressionar os preços dos papéis. São eles:

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Já do lado positivo, o Santander afirma que “todos os catalisadores estão se alinhando para a SLC”.

Além da recente avaliação de terras, os analistas preveem que a expansão da área anunciada no início deste ano continuará a impulsionar o crescimento antes da temporada 2024-2025.

“No futuro, esperamos que novos anúncios de arrendamento, juntamente com uma recuperação nos rendimentos e depreciação do real, sejam os principais gatilhos para as ações.”

Segundo o banco, maiores áreas plantadas, rendimentos crescentes e a reavaliação do banco de terras podem ser potenciais catalisadores para a SLC daqui para frente.

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Além disso, uma eventual valorização das principais commodities agrícolas produzidas pela companhia — milho, soja e algodão — pode impulsionar a SLC Agrícola.

Outra questão que pode ajudar a empresa daqui para frente é o crescimento econômico dos Estados Unidos, que pode gerar uma demanda adicional por vestuário no país.

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