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Por que a ação da Tenda (TEND3) é arriscada, mas é a favorita do BTG Pactual

Foto de um prédio ao lado de uma caixa d'água com o logo da Tenda (TEND3)

Edifício da Tenda

As ações da Tenda (TEND3) amargam queda superior a 30% em 2024 — só em junho, as perdas beiram 10%. Mas o processo de reestruturação das operações da construtora abre caminho para uma nova oportunidade de retorno para os investidores, dados o valor descontado das ações. 

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Quem diz isso é o BTG Pactual que, apesar do risco, manteve a Tenda como a preferida entre as empresas do mercado imobiliário do segmento econômico, dentro do Minha Casa Minha Vida (MCMV).

O banco tem recomendação de compra para TEND3, com preço-alvo de R$ 18 — o que representa um potencial de valorização de 67% com relação ao fechamento de terça-feira (25).

Hoje, as ações da Tenda operam em queda de mais de 3% na B3, cotada na casa dos R$ 10,30. 

Tenda: o risco compensa

A Tenda é a top pick do BTG, que vê maior vantagem na ação considerando o universo de cobertura do banco —  um reflexo do valuation descontado. A ação negocia a 3,5 vezes P/E (preço sobre o valor da firma) estimado para 2025. 

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"Com a recuperação operacional, reconhecemos o perfil de investimento arriscado da Tenda, mas observamos que os níveis de rentabilidade do Minha Casa Minha Vida estão bastante elevados no momento", diz o BTG em relatório. 

O banco fez a nova avaliação após uma reunião com executivos da construtora. Os principais destaques do encontro foram a confirmação de que a demanda por residências pela população de renda mais baixa segue forte e que as margens estão em trajetória ascendente. 

Segundo os executivos, a forte demanda do MCMV levou a Tenda a continuar aumentando os preços dos imóveis e o segundo trimestre começou com a velocidade de vendas em ritmo consistente.

A expectativa é que o MCMV conte com uma suplementação no orçamento de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões, conforme foi prometido pelo ministro das Cidades, Jader Filho.

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Alea, um ponto de atenção

A Tenda reiterou no encontro com o BTG que está expandindo as operações da Alea, a divisão de casas pré-fabricadas de madeira. 

O negócio deve registrar consumo de caixa em 2024, conforme já anunciado nas projeções oficiais, mas com tendência de reversão disso em meados de 2025.

Segundo o BTG, um ponto a ser monitorado é que a Tenda não descarta trazer investidores para a Alea, com o objetivo de desbloquear o valor da divisão — algo que ainda não totalmente percebido pelo mercado.

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