Na primeira incursão fora do país, a Oncoclínicas (ONCO3) decidiu logo cruzar o planeta. A empresa anunciou uma joint venture (associação) para a criação de uma operação de tratamento oncológico na Arábia Saudita.
O parceiro da rede brasileira no negócio é a Advanced Drug Company for Pharmaceuticals, que faz parte do Al Fasaliah Group.
A companhia brasileira terá 51% de participação na joint venture e o sócio saudita, os demais 49%.
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"O Al Faisaliah Group é um dos maiores conglomerados da Arábia Saudita, com operações em diversos setores, incluindo saúde, farma, alimentação, entre outros, possibilitando à Oncoclinicas unir forças com um experiente e competente parceiro local", informou a companhia brasileira.
Lembrando que a Oncoclínicas anunciou em maio deste ano um aumento de capital privado de R$ 1,5 bilhão, em uma operação bancada pelo fundador e CEO, Bruno Ferrari, e pelo Banco Master. Aliás, as ações da rede acumulam queda de mais de 50% neste ano na B3.
Oncoclínicas (ONCO3): o que esperar do "negócio das arábias"
O foco inicial da operação será o desenvolvimento de uma unidade ambulatorial de tratamento de quimioterapia, radioterapia e medicina diagnóstica em Riad, de acordo com a Oncoclínicas.
A empresa brasileira prevê investir entre US$ 10 milhões e US$ 20 milhões (R$ 113 milhões, no câmbio atual) na unidade ao longo dos próximos três anos.
A estimativa é que a receita potencial no ano quinto ano da JV seja de aproximadamente US$ 550 milhões, com um Ebitda da ordem de US$ 150 milhões, ainda de acordo com a Oncoclínicas.
Essa projeção considera unidades adicionais a serem implementadas e financiadas com geração de caixa própria da operação saudita.