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Na esteira de prejuízo bilionário, Infracommerce (IFCM3) convoca AGE para votar aumento do limite de capital 

Centro de Distribuição da Infracommerce (IFCM3) em Extrema, em Minas Gerais

Centro de Distribuição da Infracommerce (IFCM3) em Extrema, em Minas Gerais

Após um prejuízo de R$ 1,5 bilhão no segundo trimestre, a Infracommerce (IFCM3) pode dar mais um passo rumo à reestruturação de aproximadamente R$ 650 milhões em dívidas.

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Nesta terça-feira (20), a provedora de serviços de tecnologia para quem deseja vender produtos pela internet convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para o dia 11 de setembro para discutir o aumento do limite de capital. 

A proposta visa alterar o limite de capital social da companhia, que deve passar de 750 milhões de ações para 5,8 bilhões, incluindo aquelas já emitidas. 

Atualmente, o capital social da Infracommerce está dividido em 637.483.368 milhões de ações. Considerando o limite atual, restaria à empresa a emissão de apenas 112.516.632 milhões de papéis. 

Além do aumento de limite de capital social, a proposta prevê a exclusão dos dispositivos estatutários que tratam da oferta pública por aquisição de participação relevante. 

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Segundo a Infracommerce, as medidas permitem que a empresa implemente seu plano de reestruturação, “de modo a possibilitar alternativas para a renegociação do endividamento financeiro da companhia, inclusive a conversão em ações de emissão da companhia”. 

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Infracommerce (IFCM3): plano de reestruturação para pagar dívida milionária

Com o aumento de capital, a Infracommerce quer “emitir novas ações ou valores mobiliários conversíveis em ações, com a finalidade de viabilizar eventuais processos futuros de aumento de capital da companhia no contexto do plano de reestruturação”. 

Na semana passada, a companhia anunciou que renegocia a reestruturação de aproximadamente R$ 650 milhões em dívidas.

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Para isso, celebrou um memorando de entendimentos não vinculante (“MOU”) com os principais bancos credores. O objetivo é alongar e repactuar a dívida.

O acordo prevê a negociação da participação que a Infracommerce possui na New Retail, além da emissão de uma nova dívida conversível em ações com vencimento alongado. 

Por fim, junto com a renegociação das dívidas, a empresa pretende promover medidas para reduzir custos e despesas e melhorar a margem operacional e o fluxo de caixa.

Prejuízo bilionário e queda de 97% desde o IPO

A Infracommerce teve prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão no segundo trimestre de 2024, puxado pela baixa (impairment) de aquisições feitas no passado. Sem considerar esse efeito, o resultado também seria negativo em R$ 147 milhões.

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Enquanto isso na B3, os papéis praticamente viraram pó e acumulam uma queda de 97% desde o IPO. O valor de mercado da empresa hoje é da ordem de R$ 250 milhões — ou seja, menos da metade da dívida em renegociação.

Em abril, o cofundador da Infracommerce, Kai Schoppen, deixou o cargo de diretor presidente (CEO). No lugar, o executivo Ivan Murias, ex-CEO da Valid, assumiu o posto.

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