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JBS (JBSS3) sobe 4% na B3 e lidera os ganhos do Ibovespa hoje: o que está por trás da alta das ações de frigoríficos?

Logo da companhia JBS, ao fundo céu azul e árvores espelhados na fachada do prédio

Prédio da JBS

Em uma sessão morna para os mercados domésticos, as ações de frigoríficos são destaque positivo na bolsa brasileira nesta segunda-feira (26). E tudo por conta da nova safra de balanços corporativos.

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A JBS (JBSS3) lidera os ganhos do Ibovespa, com uma valorização de 4,09% dos papéis por volta das 17h30, negociados a R$ 22,12. No mesmo horário, as ações da BRF (BRFS3) subiam 4,07%, cotadas a R$ 14,05 na B3.

Ainda no campo azul do índice, estavam os papéis da Marfrig (MRFG3), com alta de 3,52%, e as ações da Minerva (BEEF3), que avançavam 1,54%. Confira a cobertura em tempo real de mercados do Seu Dinheiro.

O impulso do setor vem na esteira da divulgação dos resultados da Pilgrim’s Pride Corporation (PPC), empresa norte-americana controlada pela JBS, que divulgou o balanço antes da abertura dos negócios hoje.

Ainda está no radar dos investidores o resultado da BRF no quarto trimestre de 2023, que está marcado para vir a público após o fechamento dos mercados nesta segunda-feira.

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Outro catalisador do setor de proteína animal é a queda do preço do milho nos últimos dias, segundo analistas.

O balanço da PPC e o que isso significa para a JBS (JBSS3)

A Pilgrim’s Pride Corporation (PPC) registrou um lucro líquido de US$ 134,2 milhões — equivalente a R$ 668,42 milhões, nas cotações atuais — no quarto trimestre de 2023, equivalente a uma melhora de 186,6% frente ao prejuízo líquido obtido no mesmo período de 2022.

Em termos brutos, o lucro da subsidiária da JBS (JBSS3) chegou a US$ 321 milhões, um avanço de 235% no comparativo anual.

Já a receita líquida teve um leve avanço de 9,7% em relação ao último trimestre de 2022, para US$ 4,53 bilhões em dezembro do ano passado.

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Enquanto isso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado mais do que quadruplicou em relação ao quarto trimestre de 2022. O indicador foi de US$ 309,5 milhões, uma disparada de 392% na base anual.

Os números da Pilgrim’s Pride Corporation surpreenderam positivamente o mercado e puxam os papéis das companhias brasileiras do setor. 

Para o analista da Ajax Asset Management, Rafael Passos, a demanda ainda resiliente pelos produtos é um dos destaques do balanço da subsidiária da JBS. “Nas operações, a companhia também apresentou uma rentabilidade bem forte”, explica.

De acordo com o analista da Ajax, o mercado vem de um período em que o sentimento em relação às operações nos Estados Unidos era de mais ceticismo, e os resultados positivos da Pilgrim’s traz “um alívio em relação às expectativas”.

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Para o Itaú BBA, o trimestre foi positivo para PPC, com destaque para o avanço do Ebitda ajustado acima das expectativas dos analistas e os “resultados sólidos” em diversas unidades de negócio nos EUA e no Reino Unido.

Segundo os analistas do banco, o PPC provavelmente abrirá caminho para o crescimento esperado da lucratividade da JBS ao longo de 2024, com a surpresa positiva na subsidiária levando a um ajuste para cima das estimativas da JBS para o 4T23.

“Os resultados do PPC validaram que o pior já passou, mas esse não é o gatilho de curto prazo que buscamos na JBS”, destacam os analistas. 

“Mantemos a nossa visão positiva sobre a empresa, mas reconhecemos que os investidores provavelmente estão à espera de um melhor ponto de entrada para se tornarem mais otimistas.”

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Apesar da visão mais conservadora, o Itaú BBA possui recomendação de “outperform” — que corresponde a “compra” — para as ações da JBS (JBSS3) na B3, com preço-alvo de R$ 31 por papel, equivalente a um potencial de valorização de 45% para o fim de 2024.

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