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IPO do ano? Diante de impasse nos EUA, Shein agora quer abrir o capital em Londres em operação bilionária

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(Imagem: Dick Thomas Johnson/Flickr/Reprodução)

Após semanas de rumores e em meio a um impasse com os EUA, a Shein entrou com um pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em Londres, segundo a CNBC.

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O pedido confidencial da varejista chinesa das “blusinhas” em terras britânicas marca outra reviravolta no longo caminho da Shein para uma estreia no mercado de capitais.

A empresa havia entrado com um pedido confidencial para um IPO nos Estados Unidos no ano passado.

No entanto, a chinesa mudou o rumo para Londres depois de não conseguir o apoio para a aprovação dos legisladores e da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC.

IPO da Shein nos EUA ainda não está descartado

Embora tenha feito o pedido para abrir capital na Bolsa de Valores de Londres, a Shein ainda não desistiu do IPO em Wall Street.

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Até porque, segundo a CNBC, o pedido em Londres ainda não significa que a listagem de ações da chinesa deve, de fato, acontecer no Reino Unido.

A empresa também precisa da aprovação da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China. Não está claro, porém, se o governo chinês autorizou o pedido de oferta em Londres.

Vale lembrar que, em 2020, a CVM chinesa impediu o IPO de US$ 37 bilhões da Ant Group, afiliada do Alibaba — que seria maior abertura de capital de todos os tempos — dois dias antes da data da operação. 

Os primeiros rumores sobre um possível IPO da Shein no Reino Unido surgiram no início deste mês. O pedido seria feito antes de uma potencial mudança de governo no Reino Unido, já que as eleições legislativas acontecem em 4 de julho.

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Na operação britânica, a empresa de moda seria avaliada em 50 bilhões de libras (equivalente a R$ 342 bilhões, na cotação atual). Se o IPO da Shein em Londres for bem-sucedido, é improvável que continue a buscar uma oferta nos EUA.

Impasse no mercado americano

Fundada em 2012 na China, a Shein, agora com sede em Cingapura, se popularizou mundialmente durante a pandemia de covid-19, principalmente nos Estados Unidos. 

Em novembro de 2023, a empresa, avaliada em US$ 66 bilhões, entrou com pedido confidencial na SEC. O objetivo era obter a autorização para uma listagem na Bolsa de Valores de Nova York.

No entanto, o IPO da Shein nos EUA está cada vez mais longe de acontecer.

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Parlamentares do governo norte-americano vêm apelando à autoridade regulatória para analisar ou mesmo bloquear a oferta pública. 

A Shein está entre as empresas impactadas pelas crescentes tensões geopolíticas entre Estados Unidos e China.

A empresa também é alvo de polêmicas envolvendo privacidade de dados e denúncias sobre um possível uso de trabalho forçado de grupos étnicos ameaçados.

*Com informações da CNBC

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