O Conselho de Administração da Enauta (ENAT3) aprovou na noite da última quinta-feira (22) o programa de recompra de ações da petrolífera brasileira. Serão adquiridas até 20 milhões de ações ordinárias da companhia.
De acordo com o preço-médio de fechamento dos últimos 30 dias, o valor da recompra seria de algo da ordem de R$ 397,256 milhões. Assim, a empresa informa que o programa iria até o dia 20 de setembro de 2025.
Em alguns casos, o programa de recompra de ações acontece após quedas substanciais de preço, como é o caso da Vivara (VIVA3).
Entretanto, este não é o caso da petrolífera. As ações ENAT3 subiram 57,92% nos últimos seis meses e mais de 150% nos últimos 12.
A Enauta afirma que pretende usar o programa para “maximizar a geração de valor para os acionistas, uma vez que o valor atual de suas ações no mercado não reflete o valor real de seus ativos”.
Isso porque a empresa está em forte expansão de sua produção.
Em dezembro do ano passado, a companhia anunciou a compra da totalidade da participação da QatarEnergy Brasil Ltda, no valor total de US$ 150 milhões (R$ 729 milhões).
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Bradesco de olho na Enauta
No começo da semana, o Bradesco decidiu converter a dívida da empreiteira Queiroz Galvão — que passou a se chamar Álya em 2022 após ser alvo da Operação Lava Jato — em uma participação acionária na Enauta.
Assim, o bancão passa a deter cerca de 25,5% do capital da companhia, tornando-se o maior acionista da petroleira. Além do Bradesco, outros acionistas importantes são o Santander, que detém 6% do capital, e o BNDES, com 4,2%.
A Enauta faz parte de um grupo de petrolíferas jovens, comumente chamadas de “junior oils”, que aproveitaram a valorização do petróleo em 2023 para crescer.
Entre elas, estão também nomes como Prio, 3R Petroleum e PetroReconcavo. Leia mais sobre as “junior oils” aqui.