Cinco tentativas e quase um mês depois da primeira assembleia de credores, a Oi (OIBR3) enfim conseguiu aprovar o plano de recuperação judicial. O documento obteve o aval de 79,87% dos credores presentes no encontro desta quinta-feira (18).
Entre os destaques do plano está o compromisso assumido pela companhia em vender ativos para trazer dinheiro ao caixa. O valor mínimo buscado para a ClientCo, unidade de fibra da Oi, por exemplo, será de R$ 7,3 bilhões.
O documento também prevê mecanismos para obter financiamentos de, no mínimo, R$ 650 milhões, para garantir a liquidez enquanto a tele negocia os ativos.
A maior parte dos recursos, pelo menos US$ 500 milhões, virão do Ad Hoc Group, grupo de detentores títulos de dívidas internacionais, ou bondholders, que representa mais da metade dos credores quirografários da empresa.
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A soma inclui o financiamento extraconcursal na modalidade DIP — categoria de crédito específica para que empresas em RJ arquem com despesas operacionais — de US$ 375 milhões que já havia sido aprovado e um empréstimo-ponte de cerca de US$ 135 milhões.
Os outros R$ 150 milhões serão buscados com qualquer credor que não esteja na mesma categoria do Ad Hoc, enquadrado na primeira opção de reestruturação.
Como a Oi (OIBR3) planeja pagar os credores?
Além das preocupações com a liquidez da companhia, o plano de RJ responde a pergunta mais importante para os credores: como a Oi planeja quitar suas dívidas.
De acordo com o documento aprovado hoje, débitos de até R$ 100 mil serão pagos em até 45 dias e de uma só vez. Já as dívidas de até R$ 1 milhão serão divididas em 12 parcelas mensais.
Créditos maiores, de até 10 milhões, terão um deságio de 10% e cronograma de pagamento em seis parcelas trimestrais que começarão a ser depositadas a partir de setembro do ano que vem.
As dívidas que superarem esse patamar também terão um desconto de 10% e serão parceladas em seis vezes. Mas, neste caso, o pagamento ocorrerá a partir de março de 2026.