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Como as ações de shoppings podem ser beneficiadas pelo boom dos fundos imobiliários do setor — e qual delas é a favorita do BTG Pactual

Escadas rolantes de shoppings centers com pessoas subindo e descendo | Iguatemi Multiplan MULT3 brMalls BRML3 Aliansce Allos ALSO3 Selic VISC11 XPML11

Os fundos imobiliários de shoppings centers cresceram muito nos últimos anos. Mesmo em meio aos juros altos, os FIIs atraíram novos seguidores e conseguiram levantar capital com ofertas na bolsa.

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Entre as emissões encerradas neste mês, por exemplo, dois representantes do setor — o XP Malls (XPML11) e o HSI Malls (HSML11) — atraíram, juntos, mais de 90 mil investidores e captaram cerca de R$ 1,4 bilhão.

Para o BTG Pactual, o feito destes e de outros fundos de shopping em um momento no qual a taxa Selic ainda está acima dos dois dígitos mostra o interesse cada vez maior dos investidores pela classe.

E, de acordo com um relatório divulgado pelo banco de investimentos nesta terça-feira (27), o impacto desse crescimento não é limitado à indústria de FII: “o setor de shoppings também está sendo remodelado e os operadores listados têm que adaptar suas estratégias de alocação de capital a esse ‘recém-chegado’ do setor”.

Como o crescimento dos FIIs afeta as empresas de shoppings centers

O banco exemplifica esse cenário resumindo as atividades de fusões e aquisições realizadas nos últimos 12 meses no segmento: dos 22 negócios fechados, 18 tinham FIIs na ponta compradora.

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Veja abaixo o volume de M&As por player:

Fonte: BTG Pactual

“As empresas listadas se beneficiaram desta tendência, vendendo ativos não essenciais ou participações minoritárias em shoppings dominantes a valuations acretivos”, citam os analistas.

O cap rate, ou taxa de capitalização, médio das transações com FIIs ficou em 8,5%, contra 11% a 13% para as ações das empresas do setor.

Vale relembrar que o indicador mede o retorno de um investimento imobiliário por meio da relação entre a receita gerada pelo ativo e o preço de venda — quanto maior a cifra obtida pelo vendedor, menor o cap rate.

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Ou seja, as companhias venderam ativos “menos dominantes” a um valuation premium na comparação com o preço de seus papéis

Entre elas, o destaques ficou com a Allos (ALOS3), que aproveitou o cofre cheio dos FIIs para  enxugar o portfólio após a fusão com a brMalls, reduzir a alavancagem, pagar dividendos e iniciar um programa de recompra de ações.

Quais são os favoritos do BTG Pactual no setor?

O BTG acredita que a tendência vista no ano passado — FIIs levantando capital e comprando shoppings — deve continuar graças a dois fatores principais:

Nesse cenário, as companhias listadas se beneficiarão pelas contínuas oportunidades de reciclar ativos menos premiuns do portfólio a preços atrativos, o que “adoça” a tese de investimentos nas ações.

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Sendo assim, o banco segue com avaliação positiva para o setor de shoppings brasileiros e recomenda a compra para três nomes: a já citada Allos, Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTI11) — essa última é a favorita do BTG no segmento.

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