A Braskem (BRKM5) decidiu abrir a lojinha e fez um novo acordo de investimento envolvendo sua participação de 63,7% na Cetrel.
A companhia de serviços ambientais foi vendida pela antiga Odebrecht à petroquímica em 2017, por R$ 610 milhões.
A Cetrel é responsável pelo tratamento e disposição dos efluentes e resíduos industriais, além do fornecimento de água para uso industrial no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia.
Sete anos depois, a Braskem decidiu repassar a totalidade das ações que adquiriu na Cetrel para a Solví Essencis Ambiental, empresa controlada pela Gerenciamento de Resíduos Industriais (GRI).
Desse negócio, deve surgir uma nova empresa, a ser controlada pela GRI.
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Como será a transação
Em comunicado ao mercado nesta quinta-feira (13), a petroquímica informou que vai receber R$ 284 milhões. Do montante, R$ 199 milhões serão pagos na data de transferência das ações à GRI e o restante até novembro de 2025.
Além disso, a transação será dividida em três partes: na primeira, a Braskem fará a venda de até 498.436 ações ordinárias da Cetrel. A segunda etapa do negócio é a subscrição, pela petroquímica, de novas ações ordinárias a serem emitidas pela GRI. Isso vai acontecer por meio do capital social, as quais serão integralizadas pela Braskem. Nessa etapa, o aporte será de 771.592 ações ordinárias de emissão da Cetrel.
Por fim, a Solví irá transferir ativos de gerenciamento de resíduos industriais e serviços da mesma natureza para a GRI.
Atualmente, a Braskem detém 63,7% do controle da Cetrel. Após a transação, a Solví passará a deter 50,1%, e a petroquímica terá 49,9% do capital social da GRI.
De acordo com a Braskem, "a colaboração estratégica visa fortalecer a Cetrel, líder em soluções ambientais industriais, e transformar a GRI em uma plataforma para o crescimento nacional no setor".
Quem são as empresas envolvidas no negócio
Fundada em 1999, a Gerenciamento de Resíduos Industriais (GRI) faz o gerenciamento total de resíduos para empresas de indústrias como automobilísticas, de bens de consumo e mineração.
A companhia, presente em mais de 16 estados, é dona da Solví, uma das maiores empresas em tratamento de resíduos do país, e da Emergencial, de resposta a acidentes ambientais.
Em fato relevante ao mercado, a Solví disse que a “operação visa transformar a GRI em uma plataforma para crescimento nacional no setor, garantindo excelência operacional e sustentabilidade ambiental, além de fortalecer a Cetrel, referência em soluções ambientais industriais para tratamento de águas e efluentes, além de consultoria ambiental.”
*Com informações do Estadão Conteúdo